quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Coluna Swinging London: CALVÁRIO (Relembrando Brian Jones)

            Infelizmente, o calendário
            Virou um calvário / Que lhe amargou
            E sua prenhez torpe tornou-se
            Quando atrelou-se / E se afastou
            Da promessa do guitarrista
            De fala arisca / De retornar
            Fazendo com que um calafrio
            Lhe ferisse o brio / Ao esperar           

            As madeixas bem trançava
            E, então, franjava / Com bel prazer
            Enquanto cobria seus joelhos
            De fios vermelhos / Só pra ele ver           

            Sempre que ligava seu rádio
            Tinha um presságio / Ao reparar
            Que ele não tocava para ela
            Como o fizera / Ao pontear
            Quando ela era uma adolescente
            Muito carente / A derreter
            E no vazio do seu casebre
            Sentiu uma forte febre / A lhe ferver           

            As madeixas bem trançava
            E, então, franjava / Com bel prazer
            Enquanto cobria seus joelhos
            De fios vermelhos / Só pra ele ver           

            Quando despertou de seu sono
            Se viu sem dono / Sem poder crer
            Que com o bravo guitarrista
            De ego niilista / E algum saber
            Sob o penteado amarelo
            Perdera seu elo / O resplendor
            E rezou para que outro embuste
            Então não custe / Um novo amor           

            As madeixas bem trançava
            E, então, franjava / Com bel prazer
            Enquanto cobria seus joelhos
            De fios vermelhos / Só pra ele ver







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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Coluna SNACK BAR - O Lado B da Humanidade: MUSEU PELÉ (A Fórmula do Fiasco)

            Situado no Largo Marquês de Monte Alegre, no Valongo, em Santos, está o Museu Pelé. Um empreendimento que faz da ode ao cujo uma elegia ao fracasso. Já que não investe em marketing, segundo alguns desinformados. Que não sabem que deve se suster sobre um tripé composto de início, meio e fim – propaganda, produto e proveito.
            E é, literalmente, pelo “meio” que é gretado. Pois só se resume a um resumo.
            Tanto que exibe uma placa referente a um performático gol que Pelé marcou durante o jogo em que o Santos venceu o Fluminense por 1 a 3, no Maracanã, em 1961, e não faz uma menção ao seu idealizador, o jornalista Joelmir Beting.
            Tudo porque na sua concepção não há resposta à questão: “Quem é o Pelé?”
            Ora que se vale de um material manjado. Tanto na exposição temporária – como a do verão de 2015: “Quatro Copas e um Rei” – como na da parte dedicada à sua “linha do tempo”. A qual faz uma breve citação das suas incursões musicais. Mas ignora, por exemplo, a canção “Cidade Grande” – uma composição de sua autoria que fez sucesso na voz de Jair Rodrigues. Ou trata, sequer, dos filmes que participou. Como o “Fuga para a Vitória” – que foi lançado em 1981, sob a direção de John Huston.
            Quando, com um conteúdo iconográfico garimpado de coleções particulares, poderia munir seu acervo com itens raros e até de ordem sazonal. E, aí sim, fazer um marketing destinado a instigar o público a comparecer ao museu em determinadas datas.
            Nas quais, se faria uma parceria com a Estação Bistrô, que fica em frente ao museu, para que tenha pratos inspirados nos que Pelé provou, em tais momentos.






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