quarta-feira, 18 de maio de 2016

Coluna SNACK BAR - O Lado B da Humanidade: SALT (Os Lábios de Angelina Jolie - Versão 001)




            Em 2010, veiculado foi o filme “Salt”. Que é dirigido por Phillip Noyce e tem Angelina Jolie como Evelyn Salt, a protagonista da trama. A qual, na tal, atua como uma agente dupla. Ora pela CIA, combatendo a escória da humanidade, e ora pelas “viúvas da guerra fria”, ajudando-as a reunir os desinformados e reavivar o comunismo.
            Como cena emblemática tendo a do ato em que ela é desmascarada pelos colegas ocidentais e, ao ver-se presa em uma sala para interrogatório, empreende sua fuga, ao tirar sua calcinha preta e pendurá-la na câmera de vigilância; vedando a visão deles.
            Assim, passando a seguinte mensagem: “Cuidado! Eu tô com o ‘bicho solto’!”
            Ao que se questiona: “Quanto estrago uma mulher sem calcinha pode causar?”
            Não que uma mulher desprevenida, dengosa e de pernas abertas não possa proporcionar ao macho que lhe apetece muita coisa boa.
            Mas isso só acontece quando se trata de uma fêmea de boa índole.
            Quando não, se sucede uma versão do que há em Gênesis 3:7, após Eva convencer Adão a comer o fruto da Árvore do Bem e do Mal: “... os seus olhos se abriram; e vendo que estavam nus, tomaram folhas de figueira, ligaram-nas e fizeram saiotes para si”.
            Como no caso da adolescente que chega ao pai, enquanto ele degusta uma red ale, na sala, e diz: “Tô grávida. Mas eu só dei a parte da frente. A de trás está intacta”.
            Ou seja, ela não ameniza em nada a sua situação. E, de quebra, ainda causa no bruto uma bruta duma dor de cabeça.




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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Coluna Manuel Maria Barbosa du Bocage: A IGREJA DA MATRIZ

            pra muitas léguas do interior
            Onde o Sol se esconde
            Quando quer se pôr
            E nem a bússola responde
            Quando se precisa de orientação
            Lá pros lados de Santa Branca
            Numa cidade de casas tão sutis
            Que no céu só emboca
            A Igreja da Matriz
            Que, pro perdido, é a salvação
            Dá tanto pecado
            Tanta mulher falada
            Tanto nego encrespado
            Tanta coisa entortada
            Que o Padre se injuriou:
            “Para com isso!
            Isso não é brincadeira.
            Essa igreja tá parecendo cortiço.”
            E com ideia de flecha certeira
            Pra praia uma fuga planejou
            Já que por lá chegou um turista
            Que era do Padre o primo
            Um cabra paulista
            Metido a grã-fino
            Que pra quebrar o galho servia
            E que foi convidado pra Igreja da Matriz
            Com a seguinte ordem:
            “Não deixa passar um infeliz,
            Que vai virar desordem.”
            E o dito topou cheio de valentia
            Que noutro dia
            Antes do café coado
            O Padre, em cantoria
            Com mala e tudo
            Foi passar uns dias no litoral
            E o primo, dentro da batina
            Aceso de cerveja
            Fez cara de muquirana
            E foi pra igreja
            Com panca de maioral
            Ah, e com o Padre substituto
            Que o outro adoeceu
            O povo que era matuto
            À igreja compareceu
            Cheio dos “observatório”
            E tinha patrão, patroa
            Menina, matrona
            Nego atento e nego à-toa
            Tudo em fila indiana
            Na porta do confessionário
            Onde, meio sem alegria
            O Padreco se acomodou
            E do lado de lá da gelosia
            Um caboclo se achegou
            Todo cheio de “pandareco”
            Falando de forma indignada:
            “Padre! Minha ‘muié’ não toma jeito.
            Só não dormiu, ainda,
            Com ‘muié’ e criança de peito.”
            Que “bem feito”, disse o Padreco
            “Com seu bafo de onça,
            Não há cristão que ‘guenta’.”
            E decretou, como sentença
            Arranjar uma bala de menta
            E rezar até gastar a goela
            Que o caboclo se doeu:
            “Seu Padre! Ela que peca,
            E quem paga sou eu?”
            E o Padreco devolveu, de peteca:
            “Ué, você não se confessou por ela?”
            E aí, quando o Padre voltou
            A igreja tava que era uma beleza
            Nem um pecador restou
            E o Padre agradeceu a limpeza
            Com uma benção e uma grana graúda
            Só que uns meses depois
            Um problema sério
            Pro Padre, na igreja, se expôs
            Pois na porta do confessionário
            Tinha uma fila de moça barriguda
            Das quais, pra primeira perguntou
            Ao atendê-la em tom de prece:
            “Cadê o pai do rebento?”
            E a moça, sem muito pra dizer, disse:
            “Não tem pai o neném.”
            E o Padre se espantou:
            “Mas de joelhos
            O outro Padre não te colocou?”
            “Sim”, disse ela, “me colocou de joelhos
            E noutras posições, também.”

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