A Lua crescente me fulmina a vista
No momento em que chega um novo outono
Pois brilha, lá no céu, como um enfeite
Cuja cor é tão branca quanto o leite
Quando o gelado vento sudoeste
Pelas planas vias vai, por fim, passando
E, assim, indo do canto mais seguro
Ao interior do beco mais obscuro
E logo que, de Santos, eu reparo
Que sobre a negridão que ofusca a serra
A interessante Lua devagar erra
Eu decido embarcar num Mustang preto
Pra, sem pressa, guiar, rumo ao horizonte
E encontrá-la, depois do fim da ponte