quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Diário da Ilha de São Vicente – 16/11/2022 – REMEMORANDO A ADEGA DOIS IRMÃOS




            Em 16 de novembro de 2022, se fazia o manjado trajeto de quarta. Que como fim tinha o Restaurante Emmerich. Onde se encontraria a tradicional feijoada do Senhor Walmir.
            Passando, no caminho, em frente ao 02º Batalhão de Infantaria Leve de São Vicente.





            O ponto de encontro dos patriotas.
            Um pessoal que, desde o término das eleições fraudadas de 2022, se negava a entregar o comando da nação para uma corja de vagabundos da pior espécie.
            Mas que o fazia do jeito errado. Já que gritavam: “SOS, Forças Armadas”. Quando o correto era bradar: “Venham conosco, Forças Armadas”.
            Tudo porque isso lembra uma cena de os Simpsons em que Homer e Marge observam Bart, que está de joelhos e a orar.
            - Deus, proteja meu pai, minha mãe, Lisa e Maggie. E, por favor, Deus, mate o Sideshow Bob – pede o garoto.
            - Bart, não! – intervém Marge.
            - É ele ou eu, Senhor – conclui o guri.
            - Você não pode pedir a Deus para matar alguém – o repreende Marge.
            - Sim! – diz Homer. – Você faz o seu próprio trabalho sujo.
            Ademais, uma sensação de vazio se deu quando se alcançou o nº 677 da Avenida Antônio Emmerich. Pois a Adega Dois Irmãos não estava onde deviria estar.
            Bem, Beto, o dono, manifestara a intenção de deixar o local.
            Posto que a vizinhança – no caso, o pessoal que mora no prédio que fica encima de onde estava o estabelecimento – não apreciava as noitadas de sábado.
            Noitadas de sábado que se tornaram notórias devido a dois fatores: 01º, o ambiente familiar.
            Sim, livre de moleque. Daquele cara trouxa que bebe para ficar macho e, na hora de mostrar que tem “pelo no saco”, se tranca no banheiro e liga para o pai pedindo arrego.
            Em 02º, um bom samba.
            “Samba?”, deve estar questionando o mais chegado.
            Bem, quando a música é bem executada, ela merece ser prestigiada.
            Agora, um rock mal tocado é igual à mulher de bigode...
            “Com mulher de bigode nem o diabo pode”, já dizia um Velho Deitado Chinês.
            E por falar em mulher e diabo...
            Ou a mulher do diabo...
            O negócio é o seguinte: a história com a Adega Dois Irmãos, que era carinhosamente alcunhada de Adeguinha, começou em uma noite em que, por motivo de força maior, o Bonde Boteco teve que fechar mais cedo.
            E, como ainda se de tinha mais sangue do que álcool nas veias, foi preciso procurar por um “lugar do caralho” – como diria o Júpiter Maçã. Onde se pudesse calibrar o fígado.
            Assim, se chegando à Adeguinha. Onde se pôde beber uma Heineken geladinha, tomar uma dose de Salinas e comer um churrasquinho de gato.
            Sem esquecer, é claro, o camarada que vendia brigadeiros.
            Afinal, na madruga, é sempre bom corrigir os excessos com um pouquinho de glicose.
            Voltando...
            Justo nessa noite tinha a mesa das feias.
            Sim, uma mesa cheia de barangas barrigudas, que saíram com as banhas a balangar, a fim de se ofertarem para os marmanjos manguaceiros.





            Só que, na noite em questão, para o descontentamento delas, os marmanjos não manguacearam tanto.
            Também teve a noite que fora precedida por uma final da Copa Libertadores da América.
            Final em que o Palmeiras venceu o Flamengo, e, por isso, dentre um copo de cerveja e outro, só se falava da cara de bunda do Renato Gaúcho. Já que o, então, treinador da equipe carioca entrara em campo com a empáfia de quem já era o campeão.
            Aliás, essa foi a única vez que a “bunda” do Renato Gaúcho fez mais sucesso do que a da filha dele.
            Alguém se lembra do nome dela, por acaso?






            Todavia, nessa noite apareceu um palmeirense com seu cachorro. Um cão que ele, literalmente, levou para beber. Já que, enquanto ele tomava uma breja, o seu companheiro se hidratava com um pouco de água.
            Contudo, ele bebeu tanto, que teve de ser conduzido até sua casa.
            O que não foi uma tarefa fácil. Dado que seu cachorro quase o derrubou várias vezes. Pois corria de um lado ao outro, transformando a coleira em um obstáculo.
            Sábado após sábado, novos atores entraram em cena.
            Dentre eles, despontando o Senhor Carlos. Um exímio bailarino que, com seu carisma, inspirava até quem não tinha pernas a dançar.
            Sendo que um dos momentos mais marcantes foi quando o Senhor Carlos chegou com sua amiga sapatão. Amiga sapatão que, como ele disse, se tornava inconveniente em função disso. Pois não podia ver uma mulher de bobeira que jogava o “chaveco” na orelha da coitada.
            Se fosse um homem, era machismo.
            Mas como era uma lésbica, deve ser “velcronismo”.
            Em todo caso, ela não era de perder a viagem. E dizia que, por falta de uma pica, tinha 10 dedos e uma língua. Podendo até improvisar.
            Contudo, nessa noite, ela chegou mamada.
            Sim, ela bebeu tanto, que se esqueceu de que era lésbica.
            E foi dançar na frente da banda. Num embalo que constrangeu os músicos. Já que começou a esfregar a “chana” com o ímpeto de quem desencarde uma cueca.
            Conclusão: antes que a coisa piorasse, o Senhor Carlos a levou embora.
            Noite após noite, as coisas foram mudando.
            E a banda residente foi trocada.
            Entrando em cena o Grupo NP.





            Um pessoal muito bacana que (Para nossa alegria!) sempre tocava “Retalhos de Cetim”, o clássico que Benito de Paula, seu compositor, lançou no álbum “Um Novo Samba”, em 1974. Que começava com os inesquecíveis versos em que, na 01ª pessoa, é feito o seguinte desabafo: “Ensaiei meu samba o ano inteiro / Comprei surdo e tamborim / Gastei tudo em fantasia / Era só o que eu queria / E ela jurou desfilar para mim”.
            E, mais para frente, fala da dor da traição, ao dizer que “... chegou o carnaval / E ela não desfilou / Eu chorei, na avenida, eu chorei / Não pensei que mentia a cabrocha / Que eu tanto amei”.





            Fazer o quê?
            Até Cristo foi traído.
            Só que ele foi traído por um barbudo xarope.
            E a cabrocha do Benito é aquela novinha com uma bundinha nota 10.
            Bem, essas e muitas outras histórias construíram o mito da Adeguinha.
            Adeguinha que não acabou.
            Só foi um pouco para longe. Para o nº 3990 da Rua São Francisco de Assis, na Ilha das Caieiras, na Praia Grande.
            Mas, quem sabe, talvez, um dia, ela volte, com a cabrocha do Benito, para a nossa avenida.


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

INICIATIVA 2045 - PARTE 005 - EVOLUÇÃO ESPIRITUAL E CORPORAL COMO UMA NOVA ESTRATÉGIA

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

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