quarta-feira, 29 de março de 2023

Diário da Ilha de São Vicente – 10/03/2023 – O AMOR VENCE TODAS AS COISAS




            No dia 10 do mês de março de 2023, a noite chegou mais cedo. Dado que o céu da tarde de sexta foi tomado por nuvens que tinham os 50 tons de cinza.
            Um “repeteco” do que ocorreu em 19 de agosto de 2019.
            Conquanto que, ao contrário do que se dera, o “consórcio da grande mídia” não atribuiu isso às queimadas que acontecem na Amazônia.
            Ora que, à época, o “consórcio” disse que a incineração da floresta amazônica era parte de uma política de estado. E embasou seu argumento com o fato de que as girafas da Amazônia viraram churrasco.


            #LiveGiraffesMatter





            Mas, graças às infalíveis urnas eletrônicas, para alívio das girafas, o Presidente Jair Bolsonaro não mais no cargo está.





            Ademais, no Estradão, tal como outrora, uma chuva, cuja densidade se assemelhava com a de um véu, transformou os faróis de cada veículo em distintos orbes.
            E, assim, se esperava por um ônibus que fosse para o centro de Santos.
            Quando, com a morosidade de um Eduard Bohlen, o 153 se aproximou.





            Todavia, em seu interior, pingava mais do que do lado de fora. Posto que o ar-condicionado estava entupido.
            O que não era novidade.
            Pois o transporte público de Santos é um exemplo de ineficiência.
            01º, porque é caro.
            Sim, é um dos mais exorbitantes do Brasil. Podendo, facilmente, ser alçado ao 01º posto se se levar em conta o tamanho da Ilha de São Vicente.
            No caso, de metade da ilha. Já que o transporte de Santos não atende a São Vicente.
            02º, porque tem menos veículos do que a população necessita.
            Descontando, é claro, o fim de semana. Quando a frota é reduzida. Pois a prefeitura ignora o fato de que além dos nativos têm os turistas; sim, o pessoal que traz dinheiro para a cidade.
            03º, porque, por falta de veículos, as viagens não têm fim.
            Dado que cada ônibus dá mais volta do que espermatozoide em cu de veado. Visto que o cujo não sabe o motivo de não encontrar o útero. Quiçá, devido a um resquício da “manguaça” de quem o expeliu ou por ter entrado pela garganta.
            “Que mulher nojenta que será a minha mãe”, ele deve pensar.
            Aí, aparece uma feminista e diz: “Que espermatozoide machista! Por que é que a culpa é só da mãe?”
            Bem, ao se chegar ao Terminal Rodoviário, se testemunhou uma ocorrência inusitada: a Plataforma A estava inundada. Evitando o tráfego de quem queria sair ou ir para as outras.





            Então, para ir à Praça José Bonifácio, se teve que improvisar; entrando no ônibus de número 42.
            O que não ajudou.
            Já que a Avenida São Francisco se transformou em um rio de barro.
            Graças a uma lamaceira que escorria do Morro de Monte Serrat e passava por dentro de loja, concessionária e o que mais encontrasse em seu caminho.
            Como opção para o desembarque tendo, na Avenida Senador Feijó, o ponto que fica perto do Posto de Bombeiros. Que, por não estar em uma depressão, não estava sob a água.
            O que pouco adiantou.







            Ora que se teve que enfiar o pé... Ou pior, a perna na água. E, como um cego, tatear o piso com o guarda-chuva, a fim de não cair em um bueiro.
            Bem, cumprido os compromissos, era hora de voltar.
            Para tal, indo ao ponto, que fica próximo à esquina da Rua Braz Cubas com a São Francisco, com o fim de esperar por um ônibus que fosse para o Estradão.
            O que foi inútil.
            Porém, imperceptível.
            Ora que, durante a espera, deu para se entreter com o recheio da calça legging que uma bunduda usava. Uma calça que lhe entrava pelo rego e... Bem, fazia pensar em mais uma coisa molhada.





            E, aqui, tem-se que dar os parabéns para o “malaco” que tirou o fusô do balé, mudou seu nome e criou uma nova fantasia feminina: a de mostrar a bunda, sem tirar a calça.
            Ademais, como a água tinha baixado, uma vontade veio à tona: a de beber um chope IPA geladinho, no Bonde Boteco.
            Logo, se foi para o Terminal Rodoviário.
            Terminal Rodoviário que se normalizara.
            Por isso, se fez o de sempre: esperar.
            E, durante o aguardo, chegou a molecada do Camps.
            Toda descalça.
            Sim, a molecada preferia correr o risco de cortar o pé e contrair uma leptospirose ou coisa pior do que molhar um par de tênis vagabundo.
            Então, como a coisa não progredia, optou-se por improvisar.
            Indo para a “Linha Fúnebre” – o 184.
            Que em seu itinerário tem o Cemitério da Areia Branca – o ponto mais próximo do Estradão.
            E, assim, se enfrentou um aperto.
            Depois, a coisa afrouxou, ao passar pelo Cemitério da Filosofia.
            Onde as pessoas foram descendo, descendo, descendo, até que tudo se acalmou.
            Permitindo que se pudesse sentar e relaxar.
            Sendo que, nesse interim, se viu que, à frente, havia uma mulher que também se sentiu à vontade. Tanto que prendeu a cabeleira castanha e baixou a blusa, desnudando os ombros.
            Com isso, se pode ver que, do lado esquerdo de suas costas, tinha a gravura negra de um coração.
            E, quando ela baixou ainda mais a veste, ao lado do coração uma frase se leu.
            Bem, “ler” é quase um eufemismo.
            Dado que o tatuador, provavelmente, faltara à aula de caligrafia.
            Ademais, depois de “queimar a retina”, se deduziu que dizia “Amor Vincit Omnia”.
            “O Amor Vence Todas as Coisas”.
            50% de um verso da “Bucólica 10” do poeta romano Públio Virgílio Maro. Ora que o restante é “Cedamos nós ao amor”.
            Mas por que é que ela tatuou um verso em latim?
            Quiçá, porque o confundiu com um provérbio.
            Ou, talvez, para testar os homens.
            Saber se o cara é polivalente.
            Sim, se o cujo é capaz de comer a bunda dela e gemer em outro idioma ao mesmo tempo.
            Em todo o caso, ela olhou para a janela, com o fim de ajeitar o cabelo, e não gostou de ver, pelo reflexo, que tinham alguém lhe xeretando a cacunda. Por isso, ergueu a blusa, se levantou com brusquidão, puxou a cordinha e abandonou a condução.
            Por que será que ela ficou brava?
            Por que alguém leu o verso sem enfiar o pau na bunda dela?


quarta-feira, 15 de março de 2023

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