Situado
no Largo Marquês de Monte Alegre, no Valongo, em Santos, está o Museu Pelé. Um
empreendimento que faz da ode ao cujo uma elegia ao fracasso. Já que não
investe em marketing, segundo alguns desinformados. Que não sabem que deve se
suster sobre um tripé composto de início, meio e fim – propaganda, produto e
proveito.
E
é, literalmente, pelo “meio” que é gretado. Pois só se resume a um resumo.
Tanto
que exibe uma placa referente a um performático gol que Pelé marcou durante o
jogo em que o Santos venceu o Fluminense por 1 a 3, no Maracanã, em 1961, e não
faz uma menção ao seu idealizador, o jornalista Joelmir Beting.
Tudo
porque na sua concepção não há resposta à questão: “Quem é o Pelé?”
Ora
que se vale de um material manjado. Tanto na exposição temporária – como a do
verão de 2015: “Quatro Copas e um Rei” – como na da parte dedicada à sua “linha
do tempo”. A qual faz uma breve citação das suas incursões musicais. Mas ignora,
por exemplo, a canção “Cidade Grande” – uma composição de sua autoria que fez
sucesso na voz de Jair Rodrigues. Ou trata, sequer, dos filmes que participou.
Como o “Fuga para a Vitória” – que foi lançado em 1981, sob a direção de John
Huston.
Quando,
com um conteúdo iconográfico garimpado de coleções particulares, poderia munir
seu acervo com itens raros e até de ordem sazonal. E, aí sim, fazer um
marketing destinado a instigar o público a comparecer ao museu em determinadas
datas.
Nas
quais, se faria uma parceria com a Estação Bistrô, que fica em frente ao museu,
para que tenha pratos inspirados nos que Pelé provou, em tais momentos.