No
outono de 2016, a Cinemateca Brasileira, situada em São Paulo, exibiu o filme
“A Nova Saga do Clã Taira”. Uma película, em 16 milímetros, datada de 1955, em
que, sob a direção de Kenji Mizoguchi, se mesclou a ficção com a realidade ao
tratar de uma trama ambientada, em 1137, no período Heian, em Kyoto – a, então,
capital do Japão.
Onde
o âmago da história nasce do fato de que seus habitantes se perdiam em meio a
um conflito de forças criado por Shirakawa, o imperador emérito, Fujitsu, o
regente vigente, e os monges Palanquins, do templo de Hiei.Tal qual ocorria com a mente de Kiyomori Taira – cuja interpretação ficou ao encargo de Raizo Ichikawa. Que, por ser filho de Yasuko, uma cortesã – desempenhada por Michiyo Kogure –, não sabia se tinha por pai Shirakawa – vivido por Eijirô Yanagi –, ou Tadamori Taira, o samurai – personificado por Narutoshi Hayashi –, que, por ordem de seu líder, o tomou como herdeiro, ou de algum monge devasso.
Contudo, a condição se faz “mãe” da sua razão quando, com o fim de conter a ascensão dos samurais – que, de forma bíblica, assumiram a função de juízes –, o Ministro da Esquerda manda sequestrar Tadamori.
Mostrando que a esquerda não presta em qualquer lugar do tempo ou do planeta.
Quando, como um autêntico conservador, Kiyomori coloca a honra – o maior legado de sua formação – acima de tudo e, liderando o Clã Taira, vai, na “base do tapa”, resgatar aquele que lhe é o verdadeiro “velho”.