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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Da Série "Sonetos Para a Juventude": A NOIVA

            O amor, que de obsessivo me fez só
            Como o ser que por um dia existiu
            Tomou o trapo sem sal que lhe escondia
            E como uma noiva lhe vestiu

            E no breu frio de Campos do Jordão
            Quando a lareira é o que se quer
            A fome sem fim pela carne sua
            Fê-la me ser a única mulher

            E por dentro de cada obscuro vão
            Sem ter medo e nem pressa, eu passei
            Com a calma de quem ignora um “não”

            E neste lugar, onde não há lei
            E que farto me é de leite e mel
            A minha marca eu então deixei

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