quarta-feira, 29 de julho de 2020

Da Série "Sonetos Para a Juventude": SEREIA DO ASFALTO

            Eu soube da galega bem sinistra
            Que bronzeava seu couro sagrado
            Sem se ater ao pudor e o bom costume
            Sobre uma motoca envenenada

            Num deserto, quiçá, mal-assombrado
            E desolado, lá na Califórnia
            Donde o último “cabra macho” vivo
            Foi da sua existência sequestrado

            Deixando o patrulheiro e seu cachorro
            Mais o caminhoneiro e o viajante
            E até o suicida deslumbrado

            Quando cantava os mais bonitos versos
            Que dum hotel de estrada proseavam
            Dentro dum “roquenrou” endiabrado

Financie o Mochileiro Místico

https://apoia.se/mochileiromistico

COMBUSTÍVEL, METAL E POEMA: CARMA E REENCARNAÇÃO (REMEMORANDO GEORGE HARRISON, 80 ANOS) - 02ª SEÇÃO

CUESTA VERDE / Jornalismo de Verdade 26 de agosto de 2023