No
quente outono de 2016, a Happy Science de Santos veiculou o filme “Estou
Bem, Meu Anjo!” Uma película inspirada no livro “I’m Fine Spirit”, de Ryuho Okawa. Que,
sob a direção de Hideto Sonada, tem a sua narrativa envernizada por elementos
estéticos que se fragmentaram da fantasia de Federico Fellini.
E
cuja trama mostra como um anjo – no caso, interpretado pela bela e cativante
Kirara – sai do seu “Olimpo Celestial” para auxiliar cinco pessoas, na cidade
fustigada de Fukushima. Cujos habitantes, por muito tempo, catarão os cacos de
um dia que não foi dos melhores. Pois ocorreu um terremoto, depois, um tsunami,
e, por fim, um acidente nuclear que, por pouco, não a transformou em uma nova
Chernobyl.
Assim,
exibindo os limites da ação de um anjo. Que, por vibrar em uma frequência em
que não se pode manusear a matéria, só se comunica por meio de uma carga
energética que o ser humano entende como “inspiração”.
Contudo,
por mais que o anjo tente, a mente doente – deformada pela desinformação – do
assistido insiste em jogá-lo para dentro da espiral do silêncio. Onde, ao
repetir, como um papagaio, as palavras de uma linguagem que só é favorável ao
fracasso, ele se distancia de qualquer possibilidade de realizar uma revolução
pessoal.
Pois, para a tal, se é quista a presença de espírito que, em “A Arte da Guerra”, Sun
Tzu descreve da seguinte forma: “Aqueles que combatem devem se elevar às
alturas; devem combater de tal forma que o universo inteiro vibre com o
estrépito da sua glória”.