quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Coluna Hump Day: MULHER NOTA 1000 (O Ensaio de Ellen Santana para a Revista Sexy)




            Em 1985, lançado foi o filme “Mulher Nota 1000”. Uma película em que o diretor John Hughes respondeu a pergunta que persegue todo adolescente: “Quando vou pôr a pica para funcionar?”
            Para tal, levando os amigos Gary Wallace – vivido por Anthony Michael Hall – e Wyatt Donnelly – interpretado por Ilan Mitchell-Smith – a utilizarem seus dotes de nerds em prol de um pouco de foda. Ao se valerem de seus aparatos tecnológicos e do vasto conhecimento no campo das exatas para, como o Doutor Frankenstein, animarem o inanimado.
            No caso, a “inanimada”.
            Já que materializaram, no papel de Lisa, Kelly LeBrock. Que, à época, depois de ter estrelado “A Dama de Vermelho”, se tornou o símbolo dos delírios masturbatórios de boa parte da humanidade.
            Conquanto que na esteira da mulher afrodisíaca – a qual levanta pau de cadáver, no IML –, em sua edição de nº468, de dezembro de 2018, em um ensaio lúdico, a Revista Sexy apresentou Ellen Santana, a Miss Bunda Brasil do mesmo ano. Que, logo na capa, apareceu coberta por um laço vermelho.
            Um laço que ao ser desfeito, com o folhear da publicação, presenteou os marmanjos com uma fêmea que não se restringe a uma bela bunda. Pois tem cacife para ser a Miss Brasil, Miss Pasárgada e Miss Planeta Terra. Ou, simplesmente, a nora que todo varão gostaria de apresentar para a mãe, em um almoço de domingo.
            Tudo porque ela tem verso, frente e rosto.
            Aliás, ela serviria de modelo para o mais enjoado dos artistas renascentistas.
            Já que possui um pé de rabo suculento, atrevido e farto de formosura. Mais uma vagina que faria um sisudo ginecologista agradecer a Deus pelos anos que penou na faculdade. E um par de seios tão gostosos, que só podem guardar um coração de ouro. Sem falar do rosto de mulher faceira. Com traços perfeitos e de uma intimidadora expressividade. Do tipo que a faz seduzir seu interlocutor.
            Contudo, durante a entrevista que concedeu à revista, Ellen mostrou a razão de ser o ideal de todo nerd.
            Pois, ao ser inquirida quanto a avaliação que fez de si e das demais postulantes, durante o concurso de Miss Bunda, respondeu: “... comecei a ter um pouquinho do gosto da vitória ao me sentir preparada, bonita e mais gostosa”.
            Ou seja, é uma mulher que dialoga com o próprio ego.
            Então, quando perguntada foi sobre o fato de não existir roupa entre a sua pele e as lentes fotógrafo, proferiu: “Tive que tomar um vinho para me soltar mais”.
            Deixando, assim, claro que tem seus limites.
            Posteriormente, sendo questionada em relação ao assédio masculino.
            Ao que falou: “... gosto de ser admirada por eles”.
            Noutras palavras, ela prefere ser lisonjeada; e não, tocada.
            Quando ao ser indagada quanto à forma de chaveco que lhe apetece frisou: “Nada de chegar lá, dizendo que quer ficar comigo”.
            Donde se conclui que, antes de tudo, ela prefere ter a sua chana umedecida pelo verbo.
            Mas como jogar mel em uma torrada que só existe na ficção?
            O guardando para a da realidade.
            Tudo porque, ao ser questionada sobre a trepada perfeita, disse: “Se não tiver preliminar, parece que não existiu sexo...”.
            Donde se entende que ela não é uma mulher para quem gosta de ir ao motel. Porém, para quem gosta só de ir para o motel.
            Tal como a criação de Gary Wallace e Wyatt Donnelly. Que, em meio a tantas opções, como a sodomia ou o kamasutra, programada por eles para jogar xadrez foi.
            Afinal, quem é que quererá jogar uma partida de xadrez quando Kelly LeBrock está desnuda e deitada na cama sua?

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CUESTA VERDE / Jornalismo de Verdade 16 de julho de 2022