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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

NOTÍCIAS

Na sexta, dia 18 de dezembro de 2020, lançados foram os vídeos Winter Bird / When Winter Comes - "Pássaro de Inverno / Quando o Inverno Chega" -, Women And Wives - "Mulheres e Esposas" -, Pretty Boys - "Rapazes Bonitos" - e Find My Way - "Encontre o Meu Caminho" -, do álbum McCartney III, que foi lançado no mesmo dia.














Paul McCartney 'McCartney III' Review

sábado, 12 de dezembro de 2020

NOTÍCIAS



"Abaixa que é tiro com Olavo de Carvalho", entrevista que Antonia Fontenelle fez com o maior filósofo brasileiro de todos os tempos.


 

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Coluna Rio Sanzu: SENTIDO DE ETERNO

            No livro “As Leis do Sucesso”, o Mestre Ryuho Okawa, seu autor, escreveu o seguinte: “Quando faço uma análise sobre o sucesso, penso numa coisa que ele deveria sempre trazer: um permanente sentido de eterno”.
            Mas o que seria um permanente sentido de eterno?
            A imortalidade?
            Vago.
            E pode ficar ainda pior.
            Pois, no programa “Gasparetto Conversando com Você”, veiculado pela Rádio Mundial, cujo tema era “Livre-se do Tédio e a Depressão”, Luiz Antonio Gasparetto disse que “... não há objetivo na existência. A existência é um eterno caminhar. Não se chega a lugar nenhum. Só se passa. E é um eterno passar. E não é você que passa. É a vida que passa por você. Você é um constante agora”.





            Então, o sentido de eterno seria um constante agora?
            Para se chegar a uma conclusão precisa é preciso analisá-la à luz dos 04 discursos de Aristóteles.
            Cujo 01º é o poético.
            E, a partir dele, entender que o eterno é transcendental.
            Mas para que se tenha ciência da transcendência é necessário analisar um trecho do artigo “A Consciência Humana em Perigo”, que foi publicado no Diário do Comércio, em 13 de março de 2006. No qual, o Professor Olavo de Carvalho refuta a argumentação de Immanuel Kant ao dizer que “Esta assombrosa criatura da filosofia alemã tem a autoridade de demarcar as fronteiras da experiência acessível ao pobre eu existencial sem ser ela própria limitada por elas, mas sem por isso abrir ao eu existencial nem mesmo uma estreita frestinha por onde ele pudesse enxergar o que está para além dessas fronteiras”.
            Logo, ao contrário do que Kant um dia pregou, o ato de transcender independe da chancela dele ou do afrouxamento de um crivo qualquer.





            Como se pode observar na pintura “Velho Judeu com um Menino”, de Pablo Picasso. Em que a miséria de um sujeito – calcada na cegueira, na velhice e na pobreza – é, em parte, sanada pelo garoto, que, em função de algum elo que o prende ao cujo, lhe cede um pouco da visão. Fazendo, assim, com que o ancião possa usufruir de um mundo que existe além das suas limitações.
            Do contrário, a ausência de limitações, ou de alguma referência que o valha, pode fazer com que não consiga transcender.
            Dado que o agente passa a não ter para onde ir.
            Ou, pelo menos, desconheça a existência de tal alternativa.





            Como no afresco da série “Tentações de Cristo”, de Sandro Botticelli. O qual trata do trecho, de Mateus 04:08,09, que diz que “O Demônio transportou...” Jesus “... e lhe mostrou os reinos do mundo e a sua glória e lhe disse: Dar-te-ei tudo isto se, prostando-se diante de mim, me adorares”. Ao que respondeu “... Jesus: Para trás, Satanás, pois está escrito: Adorará o Senhor seu Deus e só a ele servirá”.
            Pois o Cristo viu que sua missão era superior às ambições mundanas.
            Não que haja mal em querer usufruir das benesses da vida.
            Entretanto, o mal se consumaria na hora em que ele se desviasse da sua sina.
            Chegando, assim, a conclusão de que todo homem que transcenda se torna o juiz, o promotor e o advogado dos próprios atos.





            Tal como na pintura “Tragédia de um Marionete”, de Sergei Chepik.
            Pois se transforma no titereiro da sua história.
            Dado que ele adquire a capacidade de ser tornar o espectador de si mesmo. E, assim, além das barreiras do tempo e do espaço, ele pode escolher os eventos que darão um final feliz ou infeliz para sua trajetória.
            “Mas como é que eu posso transcender?”, indagaria um curioso.
            Bem, no capítulo da 05ª temporada da série House, alcunhado de “Marcas de Nascença”, há a icônica cena em que, diante do esquife em que está seu defunto pai, o Doutor House, ao seu modo, profere a seguinte consideração: “Há muitas pessoas aqui, hoje. Incluindo algumas da corporação” – todavia, John House, o falecido, fora piloto do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América. Sem mais – “... noto que cada uma delas é da mesma categoria que meu pai ou superior. E isso não me surpreende. Porque, se o teste de um homem é o modo como ele trata aqueles sobre os quais tem poder, nesse teste meu pai falhou”.
            Do que se deduz que uma pessoa só transcende quando ela consegue apreciar os resultados das suas ações. E aferir se suas aptidões – a bagagem que trouxe de outras encarnações – foram respeitadas ou não.
            Alcançando, assim, o 02º discurso: o retórico.
            No qual se assume o desafio de encontrar um argumento que suscite sensibilidade ao sentido de eterno.
            Ora que se sabe, de antemão, que, por meio de qualquer análise empírica, ela se faz niquenta, costumeiramente, na dor.





            Como na obra “Mulher Chorando”, de Pablo Picasso.
            A qual está em concordância com 02 trechos do poema “Angústia”, de Mateusz Duarte, em que se lê que “A minha memória / Que nunca se esgota / Produz uma angústia / Que muito me assusta... ... Pois me vem à tona / Que não tenho como / Expressar, sem drama / O tanto que te amo”.
            O que, consequentemente, dá a entender que a felicidade não é tão sensível como a dor.
            Tanto que há um axioma popular que diz: “Eu era feliz e não sabia”.
            Do contrário, ocorreria o momento que é retratado na obra “Fausto e Mefistófeles”, de Eugène Delacroix.





            Que trata do pedaço do texto de Johann Wolfgang Von Goethe em que a Mefistófeles, o Capeta, Fausto diz:
            - Se eu me acosto jamais em fofa cama, contente e em paz, que nesse instante eu morra! Se uma só vez com falas louvaminhas chegares por artes a alucinar-me, que eu me agrade a mim próprio; se valeres a cativar-me com deleites frívolos, súbito a luz da vida se me apague. Vá! Queres apostar?
            - Se quero! Aposto – assevera o Satã.
            - Aperto mais: Se me chegar o momento a que eu diga: “Demora-te! És formoso”, então, aos teus grilhões entrego os pulsos; então, a morte aceito; os sinos dobrem; já livre estás de mim. Dessa hora avante, quede o relógio! Caiam-lhe os ponteiros! Acabou-me o tempo.
            - Olhe o que afirma, que entre nós outro nada esquece – adverte o Tinhoso.
            “Sic scribatur, sic fiat” – “Que assim seja escrito, que assim seja feito”.
            E, na pintura, Mefistófeles está reconhecendo a firma de Fausto.
            Pois, no momento em que sentiu a felicidade, Fausto quis perverter o âmago da 03ª dimensão. Que não se encontra na matéria. Ou melhor, se disfarça dela. Posto que nem mesmo a matéria pode se opor ao tempo. Já que até mesmo a mais dura das rochas pode ser lapidada por ele – a famosa erosão.
            Do que se conclui que não dá para escapar dele. Como na obra “Anoitecer na Rua Karl Johan”, de Edvard Munch.





            Em que o cujo retratou um passeio que deu pela via de Oslo, na Noruega. Demonstrando, através de uma figura que caminha na contramão, a fuga da realidade. Da dor alheia – que expressa está nos demais transeuntes. Mas que ele encontrará, na manhã seguinte, quando, ao se pentear, diante do espelho, ele vir o que é que lhes causava terror.
            Pois a 03ª dimensão não é limitada pela matéria.
            Ela é ilimitada pelo tempo.
            Como disse o Gasparetto: “... não é você que passa. É a vida que passa por você”.
            Agora, chegando ao 03º discurso: o dialético – que está sobre os pilares do ponto e do contraponto.
            E, por isso e por ele, é que se vê que a sensação de vácuo é o que o torna real.
            Do contrário, ele seria momentâneo.
            Como se pode observar no quadro “A Sopa”, de Pablo Picasso.





            Em que paira a dúvida: “Quem dá a sopa a quem?”
            É a velha que a dá para a menina ou o contrário?
            Assim, expressando um escambo entre a força da inexperiência – evidenciada pelo fumegar do preparo – e a fadiga da experiência – que é demonstrada pelo fato de que a refeição não está morna.
            Em oposição a isso, se entendendo que a energia, à medida que vai perdendo velocidade, vai se solidificando.
            Até ficar totalmente inerte, como na pintura “A Mulher de Lot”, de Laszlo Mathe.





            A qual trata do trecho bíblico que está em Gênesis 19:24-26: “O Senhor fez, então, cair sobre Sodoma e Gomorra uma chuva de enxofre e de fogo, vinda do Senhor do Céu. E destruiu essas cidades e toda a planície, assim como todos os habitantes das cidades e a vegetação do solo. A mulher de Lot, tendo olhado para trás, transformou-se numa coluna de sal”.
            Ou seja, a mulher de Lot fitou o passado, assim, se apegando a um momento que, embora tenha contribuído, já não fazia parte do seu constante presente. O qual, que por sempre ir ocupando o vácuo, recebeu dos seres humanos o nome de “futuro”.
            Assim, se deduzindo que o humano é sensível, também, à lentidão.
            Como se pode experienciar no quadro “A Metamorfose de Narciso”, de Salvador Dalí.





            Que, de forma lúdica, é autoexplicativo.
            Tanto que o próprio Dalí recomendou que ele fosse contemplado em estado de “fixação distraída” – seja lá o que isso for. Pois, ele só pode ser apreciado com morosidade.
            Vendo, então, que Narciso está ajoelhado sobre um lago, em 02º plano, como uma reverberação de uma mão que segura um ovo, de onde nasce uma flor, que se chama Narciso.
            Assim, mostrando que o protagonista da obra não é o citado.
            Posto que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus.
            E, por isso, ao apreciar a própria fisionomia, Narciso nada mais faz do que olhar para o reflexo do Criador.
            Por fim, chegando ao discurso lógico.
            Em que se entende que o sentido de eterno é aquilo que não tem início ou fim.
            Ora que o homem está sempre no meio de um caminho. Formando um elo entre as vidas pretérita e futura; finalizando uma no momento que inicia a outra ou, apenas, as emendando.
            Como foi exposto no quadro “A Morte do Arlequim”, de Pablo Picasso.





            No qual as almas esperam, na concepção humana, pela morte do amigo. Que, na espiritual, é a libertação da alma. Alma que, em função do cordão de prata, tem o corpo como uma âncora, que a atrela à matéria.
            Daí, partindo para uma nova jornada.
            Do que se supõe que o nascimento, na 03ª dimensão, é um aprisionamento.
            Ou quase.





            Já que, como é demonstrado na obra “A Criação de Adão”, de Michelangelo Buonarroti, Deus enviou seu 01º filho, para o mundo material, munido das ferramentas que lhe permitiram cumprir a sua sina.
            Que era a de povoar a Terra.
            Posto que sobre a proteção de Deus se vê Eva. A qual espera para se unir ao seu companheiro.
            Mas um incauto pode perguntar: “Ela não foi feita da costela de Adão?”
            Na matéria, sim.
            Só que, na pintura, ela está junto a Deus; ou seja, está no plano espiritual.
            Conquanto que a obra também discorre sobre o fato de que Deus nunca abandonou o homem. Pois, para tal, Ele estabeleceu um elo de religação entre o plano material e astral: a religião. Expressa na distância que separa os indicadores de Deus e de Adão. Que será preenchida pelo invisível: a fé – que não pode ser vista; apenas, sentida.
            Enfim, se entendendo que o sentido de eterno está sintetizado na única coisa que, na 03ª dimensão, se faz sentir: o tempo. Que parece imperceptível a curto alcance e é doloroso durante o correr da vida. E, por isso, valioso demais para que desperdiçado seja.
            Como em “A Pintura do Caroneiro”, de Kevin Sloan.





            Em que um pelicano exercita a paciência ao viajar sobre o casco de uma tartaruga, numa alusão aos 03 “Vs” – veículo, velocidade e vocação.
            Mas qual é a vocação?
            De bebedor de chá.
            E a velocidade?
            Bem lenta.
            O veículo?
            Seu corpo emplumado.
            Ou seja, ele está se preparando para cumprir a sua missão: beber um gole de chá.
            O que remete à memória um trecho da Bíblia, de Mateus 06:26, onde, durante o sermão da montanha, o Cristo disse: “Olhai as aves do céu; não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?”
            Ora que ele não pregava a vagabundagem. E sim, mostrava que a ave está sujeita a sua realidade de ave. Em que encontra alimento em toda parte. Conquanto que, do mesmo modo, o homem está condicionado à sua. Que é a de ter sucesso durante a sua passagem pela 03ª dimensão.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

NOTÍCIAS...




Na sexta, dia 04 de dezembro de 2020, às 08:00pm, a Banda Magoo se apresentará em uma Live, regada de muito rock'n'roll, diretamente do Pub O'Rilley, que fica no Setor Comercial Local Sul, nº 409, Bloco C, Loja 36, em Brasília - futuro ponto de encontro dos Mochileiros do Distrito Federal.


 

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Coluna Rio Sanzu: COMEMORAÇÃO DO 10º ANO DA VIAGEM MISSIONÁRIA DO MESTRE RYUHO OKAWA AO BRASIL




            No domingo, dia 22 de novembro de 2020, se perpetrou a “Comemoração do 10º Ano da Viagem Missionária do Mestre Ryuho Okawa ao Brasil”, no Templo Shoshinkan, em São Paulo. Como ponto alto tendo a palestra de Charlie Sakakibara, o Diretor do Departamento Internacional de Treinamento da Happy Science.
            Sendo que, durante a explanação, o Sr Sakakibara citou uma recomendação do Mestre Okawa: a de que se criem regiões de energia sobre o disco terrestre.
            Porque o mundo, no período que vai de 2020 a 2037, sob as trevas se encontrará.
            E, por isso, a criação de “Vilarejos de Luz” será vital àqueles que têm fé.
            Mas como seria esse Vilarejo de Luz? Como uma egrégora?
            Ele será um conceito.
            Pois ele se erguerá, como um amálgama energético, da união das pessoas que compartilham de um mesmo entusiasmo – que, no caso, é a fé em El Cantare.
            (El Cantare que é um dos nomes de Deus.)




            Ademais, no livro “As Leis do Sol”, Ryuho Okawa, seu autor, trata, no Capítulo “Natureza da Alma”, da luz ao dizer que “... o homem é capaz de explorar ao máximo seu potencial de amor ou liberdade. É capaz também de controlar irrestritamente, conforme sua própria vontade, a intensidade da luz contida na alma, podendo tanto aumentá-la e se elevar rumo a entidades de dimensões superiores, como reduzi-la e se tornar uma existência de dimensões inferiores”.
            “Mens in corpore tantum molem regit” – a “mente rege a massa corporal”.
            Posto que o elo ela fecha entre o corpo e a alma.





            Assim, no livro “Ronnie Von – O Príncipe que Podia Ser Rei”, de autoria de Antonio Guerreiro e Luiz Cesar Pimentel, se lê, no Capítulo 11, o relato de quando, estando encucado pela maldade humana, Ronnie Von confrontou o Místico José Maria Nogueira, seu pai, com uma constatação:
            - Pai, não é possível que uma pessoa com esse nível de perversidade possa estar por aí.
            - Meu filho, esse homem perverso tem dentro dele uma centelha divina, porque ele é a criação de uma energia cósmica maior, que, dependendo da sua crença, você pode chamar de Deus ou do que quiser – explicou o velho bruxo.
            - Não, não consigo entender.
            Então, o Sr Nogueira preparou “... uma base de madeira com 03 soquetes com 03 lâmpadas interligadas; uma preta, uma cinza e uma transparente” e disse:
            - Isso aqui é o ser humano.
            - Como assim?
            - Essa lâmpada preta é aquele perverso de que você falou. Essa cinza é o ser humano + ou – normal; o ser humano comum. Você enxerga de certa forma a incandescência dele. E este transparente é o ser humano como ele foi criado. Todo mundo tem o seu lado bom. Lá no fundo do fundo, existe o lado dessa centelha divina.
            Ou seja, todo ser humano é animado pelo logos Divino. E, por isso, é que a qualidade da sua performance, na 03ª dimensão, determina se a sua intensidade se equipara ou não com a do Criador.
            Todavia, fazendo com que a principal função de um Vilarejo de Luz seja a de dar vazão ao “Giro da Roda do Darma”.





            “Darma” que vem do sânscrito “dhama”, que significa “lei”.
            E “lei” é oriunda do termo latino “lex”, que quer dizer “princípio”.
            Ou o “novelo” de que se tira a “linha de pensamento” que se usa, por meio de um “tear intelectual”, para se confeccionar a “trama” de um “tecido social”. Que, como um manto, protege as pessoas das intempéries que comprometem sua existência.
            Mas teria algum exemplo disso?
            Sim!
            No livro “As Leis do Sucesso”, que, no Brasil, lançado foi em 2020, o Mestre Okawa expõe uma lei ao dizer que em “... uma análise sobre o sucesso, penso numa coisa que ele deveria sempre trazer: um permanente sentido de eterno.
            Sentido de eterno?
            Exato!
            E o que é isso?
            Bem, é algo que será esmiuçado no artigo “Sentido de Eterno”.


quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Coluna SNACK BAR - O Lado B da Humanidade: O ÁLBUM BRANCO DE MORGAN JAMES





            Em 2008, Ringo Starr concedeu uma entrevista ao jornalista Larry King, no programa Larry King Live, da CNN, em razão dos 68 anos que completara. E de King ouviu a seguinte pergunta:
            - Você acha que os Beatles seriam um sucesso hoje?
            - Claro – respondeu.
            - Boa música é boa música – emendou King.
            - Ei, eu te digo, a molecada de hoje não nos conhecem realmente, mas eles conhecem a música. Você sabe, eles ainda estão ouvindo e dizendo “uau”! Você fala com qualquer banda nova, e a maioria delas está, atualmente, ouvindo o que fizemos.
            O que, “torcendo o nariz” ou não, é uma referência vital quem quer entender de música.
            “In caritas et in dolorem” – “no amor e na dor”.
            Sendo que da dor se tratará ao término desse artigo.
            Quanto ao amor... Ou, pelo menos, uma faceta dele... Bem, ele está no fato de que cada disco dos Beatles tem um conceito autônomo.
            Tanto que, se eles tivessem lançado cada álbum com uma razão social distinta, só um ouvinte atento se ateria ao fato.
            E, com base nessa característica, é difícil sobrepor um LP ao outro.
            Ou até misturá-los.
            Por isso é que alguns músicos preferem manter a integridade de cada qual ao interpretá-los.
            Como ocorreu, em 2018, no palco do Youtube Space NY, que fica no bairro de Chelsea, em Nova Iorque. Quando, em comemoração a outro aniversário – o dos 50 anos do White Album, que os Beatles lançaram em 22 de novembro de 1968 –, a cantora Morgan James regravou o afamado disco.
            Morgan James que nasceu na cidade Boise, em Idaho, nos Estados Unidos da América, em 1981. E que amadureceu musicalmente, durante os anos 2010, quando atuou em vários musicais, nos teatros da Broadway.
            E, por isso, se aproveitou do peso dessa bagagem para interpretar as canções com uma linguagem própria.
            Ao lado tendo os arranjos (familiares) do guitarrista Doug Wamble.
            Pois Wamble produzira o álbum “Hunter”, que Morgan lançou em 2016.
            Ademais, a apresentação, de 2008, foi dirigida por Ian Wexler.
            Wexler que colocou Noel Carey para ilustrar as canções, com uma Apple Pencil, sobre o ilimitado espaço da tela de um iPad, durante a gravação.
            Numa alusão ao documentário “O Mistério de Picasso”, que foi dirigido por Henri-Georges Clouzot e veiculado em 1956.
            Assim, trafegando pelas 30 músicas do álbum. Incluindo (só para não passar batido) uns segundos da famigerada #9. Uma colagem sonora que saiu mais da cabeça de Yoko Ono do que da de John Lennon. Já que um sujeito que compôs “I’m So Tired” jamais teria disposição para tal. Conquanto que para uma mulher que se classificava como uma artista plástica e ficou mais conhecida por ter acabado com a melhor banda de todos os tempos do que pelas instalações e performances que chamava de arte é, perfeitamente, cabível. Fazendo com que a faixa que é alcunhada de “número nove” se torne a única música de “nota zero” dos Beatles.





quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Coluna SNACK BAR - O Lado B da Humanidade: TITANIC E A TERRA PLANA




            De “Os Elementos”, escrito por Euclides de Alexandria, um matemático que viveu no Século III a. C., tirados são os alicerces de toda a geometria moderna. E dos quais surge o postulado de que “a menor distância entre 02 pontos é uma reta”.
            Ademais, certa vez, Carlos Drummond de Andrade escreveu: “No meio do caminho tinha uma pedra / Tinha uma pedra no meio do caminho / Tinha uma pedra / No meio do caminho tinha uma pedra / Nunca me esquecerei desse acontecimento / Na vida de minhas retinas tão fatigadas”.
            O que, depois que a Seleção Brasileira de Futebol cruzou com Zinédine Zidane, ganhou uma paródia em que se lia: “No meio do campo tinha um francês / Tinha um francês no meio do campo”.
            Mas, no caso em questão, não se trata de um burgau mineiro.
            E sim, de gelo.
            Não em um copo cheio de caipirinha de Steinhäger.
            Pois é a munição de outro tipo de “estilingue”.
            É a ideia que vagueava por trás dos olhos de Joseph Bruce Ismay.





            Sim, Joseph Bruce Ismay que era o presidente da White Star Line – a “Linha da Estrela Branca” –, cuja razão social era Oceanic Steam Navigation Company – a “Companhia de Navegação a Vapor Oceânica”. Que fora fundada, em 1845, por John Pilkington e Henry Threlfall Wilson. E que, em 1868, foi comprada por Thomas Henry Ismay, o pai de Joseph, após ir à bancarrota.





            Doravante, em 1899, com a morte do pai, Joseph Ismay tomou o comando da empresa.
            O Sr Ismay que, em um gesto de negligência, entortou a reta e causou a maior tragédia marítima de todos os tempos.
            Depois, tentou tirar o dele da reta; ou da curva, em homenagem aos adeptos da Teoria da Terra Bola.
            Mas para se entender esse feito, há de se voltar para os idos de 1912.
            Quiçá, um pouco mais.
            1911.





            Quando o projeto “Olympic Class” saiu do papel para a água. Já que a White Star Line recebeu do estaleiro da Harland and Wolff sua encomenda: os transatlânticos Gigantic – que, numa tentativa de desassociá-lo do desastre, zarpou, em 1914, com o nome de HMHS Britannic –, o RMC Titanic e o RMS Olympic.





            Sendo que, em 14 de junho de 1911, sob o comando do Capitão Edward Smith – um cidadão que regressará durante o decorrer desse artigo –, o Olympic saiu do porto de Southampton, na Inglaterra, parou em Cherbourg-Octeville, na França, e em Queenstown (hoje, Cobh), na Irlanda, para pegar mais cargas e passageiros, e, do dia 15 em diante, cruzou o Oceano Atlântico. Chegando ao porto de Nova Iorque, pelo Canal Ambrose, em 21 de junho; em 05 dias, 16 horas e 42 minutos – o recorde da época.





            Ademais, na quarta-feira, dia 10 do mês de abril de 1912, o Titanic zarpou do porto de Southampton, com a pretensão de alcançar Nova Iorque, na quarta subsequente – dia 17 de abril.
            Parando em Cherbourg-Octeville e Queenstown, com o mesmo fim de seu predecessor.





            Todavia, a Naval History and Heritage Command – a “História Naval e Comando de Patrimônio” –, uma agência, ligada à marinha dos Estados Unidos, que tem a função de fiscalizar o perímetro marítimo norte-americano, em seu “Relatório do Hidrógrafo de 1912” diz, na faixa 06, que na “Carta Piloto de abril de 1912, no Boletim Hidrográfico de 10 de abril e nos Memorandos Diários de 10,11, 12 e 13 de abril foram dados vários avisos de que o gelo foi visto nas proximidades das rotas de navios a vapor e, naturalmente, podia se esperar que cruzassem suas linhas”.
            Linhas?
            Na quinta-feira, dia 11 do mês de abril de 1912, o “tricô aquático” começou, quando, às 02:20pm, o Titanic saiu do porto de Queenstown, situado a 51º 43’ 00 N, 08º 16’ 00” W, rumo ao porto de Nova Iorque.
            Então, às 02:36pm, próximo a 51º 33’ 00” N, 08º 32’ 00” W, ocorreu uma ligeira alteração no curso.
            Doravante, na faixa 11 do Relatório do Hidrógrafo há a menção de que os “navios a vapor transatlânticos, por consentimento mútuo, dado por escrito, seguem um conjunto definido de linhas ao passar de um lado ao outro, do norte da Europa para os Estados Unidos”.





            Posto que, em 1885, o Tenente Matthew Fontaine Maury, um oficial da marinha norte-americana, criou o The Physical Geography of the Sea – “A Geografia Física do Mar” – que continha as Sailing Directions – as “Direções de Vela” –, em que estipulou as linhas de navegação, a fim de civilizar o tráfego marítimo.





            Sendo que, na faixa 12 do mesmo relatório, há um ponto de convergência entre o Modelo da Terra Plana e a Teoria da Terra Bola. Que se dá quando diz que com “ligeiras modificações, essas linhas foram aceitas formalmente por todas as companhias de navios a vapor em questão, em novembro de 1898, sendo que a principal alteração que se fez foi em um conjunto de linhas que foram movidas do norte para o sul, em janeiro, e que a mudança do sul para o norte é feita em agosto. E essa mudança de linha tem como objetivo evitar a região de maior perigo de gelo durante a primavera e o início do verão”.





            Ou seja, o Capitão Smith falhou. Pois ele deveria ter reunido os passageiros, no convés, e dito: “Tenho uma boa notícia para os suicidas: o itinerário foi alterado de Nova Iorque para o Inferno”.



 





            Sem mais, entre 02 de maio e 03 de julho de 1921, a British Wreck Commissioner – a “Comissão Britânia de Destroços” – compôs um inquérito sobre o ocorrido.





            No qual, o Sr Rufus Isaacs, o procurador-geral, perquiriu Joseph Bruce Ismay, a testemunha, com a seguinte indagação (e, aqui, se abre uma lacuna para explicar, para quem não sabe, que o cujo sobreviveu ao naufrágio):
            - Suponho que você esteja familiarizado com o motivo das diferentes linhas marcadas na tabela? – a das Direções de Vela.
            - Perfeitamente – respondeu a testemunha.
            - Linhas diferentes para as estações do ano? – insistiu o procurador-geral.
            - Sim.
            - E isso é para evitar o gelo, não é?
            - Não, inteiramente.
            - Não vou discutir com você sobre o “inteiramente”, mas, de qualquer forma, é um fator importante?
            - Isto é.
            - E, por isso, você consegue, eu acho, estou certo, dizer que uma linha é mais ao sul durante um determinado período do ano?
            - Isso é verdade.
            Todavia, na sexta, dia 12 do mês de abril de 1912, às 12:00pm, o Titanic se localizava, aproximadamente, a 50º 06’ 00” N, 20º 43’ 00” W.
            Às 05:36pm, a 49º 45’ 00” N, 23º 38’ 00” W, ele se encontrava.
            Então, às 05:46pm, ele recebeu uma mensagem do navio La Touraine, que estava a 49º 28’ 00” N, 26º 28’ 00” W, dizendo que a névoa estava densa e que, à noite, cruzara um campo de gelo.





            Ademais, o SS La Touraine era um navio de passageiros que operava, principalmente, no Atlântico Norte, pela Compagnie Génerale Transatlantique, da França. E que, na data em questão, ia de Havre a Nova Iorque.





            Doravante, na faixa 07 do Relatório do Hidrógrafo, há o registro de que em “... 12 de abril, o Memorando Diário continha informações de que numerosos icebergs e extensos campos de gelo foram vistos a 41º 58’ 00” N, 50º 20’ 00” W”.
            No sábado, dia 13 do mês de abril de 1912, ao meio-dia, o Titanic se localizava a 47º 22’ 00” N, 33º 10’ 00” W.
            Conquanto que no processo alcunhado de “No Caso da Petição da Oceanic Steam Navigation Company, Limited, para a Limitação de sua Responsabilidade como Proprietária do Navio a Vapor Titanic”, do District Courts of the United States, Southern District of New York – o “Tribunal Distrital dos Estados Unidos, Distrito Sul de Nova Iorque” –, de 14 de outubro de 1912, se encontra uma singular declaração de Elizabeth Lines.





            Elizabeth Lines que, no referido sábado, fora degustar um café na recepção da 01ª Classe e ouviu um pouco do papo entre o Sr Ismay e o Capitão Smith, que foram até lá, com o mesmo fim. Do qual ela “pescou” a seguinte argumentação de Ismay: “Bateremos o Olympic e chegaremos à Nova Iorque na terça”.





            Logo, ele queria chegar ao destino, no dia 16, tendo como limite o prazo de 05 dias, 16 horas e 42 minutos.
            Ou seja, motivos para aumentar a velocidade e se valer de uma projeção azimutal equidistante da Terra ele tinha.





            Então, a 01:38am, do dia 14 do mês abril de 1912, um domingo, o Titanic estava próximo a 45º 00’ 00” N, 40º 00’ 00” W.
            Às 09:12am, ele recebeu do Caronia a notificação de que icebergs foram vistos a 42º 00’ 00” N, 51º 00’ 00” W.





            Sendo que o RMS Caronia era um transatlântico da Cunard Line, situada em Southampton, na Inglaterra, e que fazia um trajeto análogo ao do Titanic, indo de Liverpool a Nova Iorque.





            Quando, às 11:47am, o Noordam enviou ao Titanic a informação de que avistara muito gelo a 42º 24’ 00” N, 49º 20’ 00” W.





            Todavia, o SS Noordam era um navio da Holland America Line, de Roterdã, na Holanda. E que também fazia o manjado trajeto, com o fim de cumprir uma viagem que ia de Roterdã a Nova Iorque.





            Ademais, ao meio-dia, o Titanic se encontrava a 43º 02’ 00” N, 44º 31’ 00” W.
            Quando, à 01:54pm, o Baltic lhe retransmitiu a mensagem que recebera do Athinai. De que, às 08:00am, ele vira icebergs boiando a 41º 51’ 00” N, 40º 52’ 00” W.





            Ora que o RMS Baltic era um navio de White Star Line, a mesma do Titanic, e que, por coincidência, fazia a mesma rota.





            E o SS Athinai, que era da Hellenic Transatlantic Steam Navigation Company, da Grécia, ia de Piraeus a Nova Iorque pela mesma via.
            Enquanto isso, no “Inquérito da Comissão Britânica de Destroços”, ao Sr Ismay o procurador-geral perguntou:
            - Como você sabia que estava se aproximando da região do gelo?
            - Pela mensagem do Marconi – o “telégrafo”.
            - A mensagem do Marconi que você recebeu do Baltic?
            - Sim.
            - E você sabia, não é, que estaria na região do gelo em algum momento naquela noite de domingo?
            - Eu acredito que sim.
            - Agora, gostaria de entender, quem lhe disse isso?
            - Acho que recebi a informação do Dr O’Loughlin, que disse que havíamos dobrado a esquina.
            Todavia, o Doutor William Francis Norman O’Loughlin, cujo sobrenome dirime qualquer dúvida quanto ao fato de ele apreciar ou não uma Guinness, atuara como cirurgião no Olympic e estava lotado no Titanic. E do qual se supõe que não tenha sobrevivido ao naufrágio, pois, seu corpo nunca encontrado foi.





            Entretanto, o assunto não esfriou.
            - Não entendo muito bem, o que você quer dizer com o que ele disse a você? – insistiu o procurador-geral.
            - Ele fez o seguinte comentário, no jantar: “Viramos a esquina”.
            - Você sabia, suponho, que alteraria o curso, então?
            - Sim, eu sabia disso.
            - E você alteraria o curso, eu acho, mais para o norte?
            - Sim.
            - E você sabia que isso o deixaria mais perto da região do gelo que foi relatada a você?
            - Não sei dizer, exatamente, onde estava o gelo. Eu não entendo de latitude e longitude.
            O que não é uma informação. E sim, uma equação: poder mais canalhice é igual à ignorância.
            Ademais, se Queenstown se localizava a 51º 43’ 00” N, 08º 16’ 00” W e o Canal Ambrose a 40º 31’ 06” N, 73º 59’ 25” W, qual é a finalidade de se ir pelo norte?
            Na Terra Plana, vá lá.
            Agora, na Terra Bola, é só para se navegar entre os icebergs.





            Contudo, “ubi non est justitia, ibi non potest esse jus” – “onde não existe justiça não pode haver direito”.
            Se a Terra é redonda e o Titanic ia para o norte, por que é que os números referentes à longitude são decrescentes?
            Faixas concêntricas?





            Ademais, às 09:52pm, o Mesaba transmitiu ao Titanic a informação de que muitos icebergs foram avistados a 41º 25’ 00” N, 50º 30’ 00” W.





            Sendo que o SS Mesaba era um navio da Atlantic Transport Line, de Baltimore, nos Estados Unidos, que, de vez em quando, como à época o fazia, transportava cargas, concorrendo no mesmo circuito.





            Ou seja, o Titanic foi jogado em uma roleta russa.
            Roleta russa que apareceu, pela 01ª vez, cunhado no título de um conto que, pelo suíço Georges Surdez, seu autor, foi publicado na Revista Collier’s, em 30 de janeiro de 1937.





            Em que o personagem Hugo Feldheim, o 03º Sargento de Infantaria da Legião Estrangeira, tem de explicar a morte do Sargento Burkowshi. Um russo viciado em jogos. Que lhe tinha contado de uma pugna que aprendera, em 1917, quando, a serviço do exército russo, estava lotado na Romênia. A qual consistia em tirar um cartucho do tambor de um revolver, girá-lo, fechá-lo, encostá-lo contra a têmpora e puxar o gatilho.
            Ou seja, 05 contra 01, em chances de rechear a cuca com uma “azeitona de metal”.
            Tal qual aconteceu com o Titanic, que receberá 05 avisos.
            O que faz com que não haja uma explicação plausível, que não o formato da Terra, para justificar o fato de que esses navios, praticamente, participavam de uma roleta russa, com o fim de economizar combustível, ao navegarem pelo local que, segundo o U. S. Coast Guard Navigation Center – o “Centro de Navegação de Guarda Costeira dos Estados Unidos” –, é uma das áreas de maior incidência de icebergs do disco terrestre.
            Com o adendo de que, na faixa 07 do Relatório do Hidrógrafo, se suputa que, “... no dia 14 de abril, o Escritório Hidrográfico recebeu um telegrama transmitido por rádio do Amerika, da Linha Hamburgo-América, através do Titanic...”, que, como um bom mensageiro, só o retransmitiu, “... informando que 02 grandes icebergs estavam a 41º 27’ 00” N, 50º 08’ 00” W”. Que conclui, ao dizer que: “Apesar desse aviso, o Titanic acelerou a 22 nós, à noite, e encontrou o seu destino”, às 11:40pm, “... a 41º 46’ 00” N, 50º 14’ 00” W. Se ele tivesse dado atenção ao único aviso que transmitiu, provavelmente, teria se salvado”.


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