O
cuco é uma ave que se destaca por ter um comportamento que coaduna com o de um
psicopata. Já que não desperdiça o tempo com a construção de um nicho. E sim,
procura por um que tenha ovos que se assemelhem com os seus. Depois, faz um
câmbio entre eles; levando outro pássaro a criar a cria sua.
Tal
qual ocorreu com Robert Thorn – vivido por Gregory Peck –, no filme “A
Profecia”. Uma película dirigida por Richard Donner e lançada em 1976. Em que
ele é convencido pelo Padre Brennan, um abjurado, – interpretado por Patrick
Troughton – a, a fim de não deixar um rebento sem mãe e uma mãe arrebentada, trocar
seu recém-nascido e falecido herdeiro por aquele que virá a se chamar Damien (o
filho do capeta).
Como
a esquerda fez ao se aproveitar do viés conservador do brasileiro – fruto de
sua ascendência lusitana – para, por meio da Igreja Católica, se infiltrar na
sua cultura. Ao penetrar em seu cerne com a “Teologia da Libertação”.
Que
incutiu na cuca dos desinformados e de alguns mal informados a ideia de que um
messias comunista tomaria o pão de um opressor, o repartiria em partes iguais e
o distribuiria dentre o proletariado.
Como
contrapeso, gerando a “Teologia da Prosperidade”.
Dado
que as igrejas evangélicas optaram por disputar espaço ao pregar que, como
prêmio por sua crença em uma versão protestante de Cristo, o fiel poderia
comprar o seu próprio pão e besuntá-lo com a manteiga de sua preferência.
Estabelecendo
um duelo entre a dependência direta e independência indireta.
E,
nesse interim, os católicos foram trocados pela imprensa. Que passou a ser
utilizada como um quarto poder. Visto que, por lidar com a matéria-prima do
cotidiano, “a informação”, se sobrepõe organicamente ao executivo, o
legislativo e o judiciário.
Principalmente,
no período eleitoral.
Quando,
por meio de duvidosas pesquisas de intenção de voto, alçam seus candidatos ao
topo da disputa. Relegando, assim, os conservadores ao ostracismo.
O
que, como resposta, requer uma revanche da religião.
Que,
como o Mestre Ryuho Okawa proferiu em sua palestra, na Saitama Super Arena, em Saitama, no Japão, em 2016, deve se solidificar como o quinto poder.
Mas
qual religião?
Nenhuma.
Mas
um conceito que esteja em consonância com o que é explanado pelo Mestre Hsing Yün
em uma citação que está no livro “Buda: o Mito e a Realidade”, de Heródoto
Barbeiro. Segundo a qual o homem deve controlar os impulsos negativos do corpo,
por meio da moralidade, controlar a mente, por meio da meditação, e as verdades
profundas da vida, por meio da sabedoria.
O
que o torna apto a tomar decisões com base nos limites da imortalidade.
Pois,
a isso o cujo se habilitou, após deglutir o fruto da Árvore do Conhecimento.
Como, em Gênesis 03:22, a própria Divindade constata: “Eis que o homem tornou-se
como um de nós; capaz de conhecer o bem e o mal”.
INIMIGO MEU
Desde sua infância
O que lhe era alheio
Você já tomava
Sem qualquer receio
Pois, decerto, soube
Que, naquela idade
Não podia ter culpa
Ou uma só maldade
São baixos os muros
Que guardam a casa
Quando esse inimigo
Chega e não se atrasa
Com gente indefesa
Na dor da demência
Você foi violento
Mas pediu clemência
Sem saber, decerto
Que o perdão se oferta
Para aquele que erra
E não, pro que acerta
São baixos os muros
Que guardam a casa
Quando esse inimigo
Chega e não se atrasa
Como Presidente
Hoje, você rouba
Minha dignidade
E nunca repousa
Pois, decerto, sabe
Que não verá veto
No voto do pobre
E do analfabeto
São baixos os muros
Que guardam a casa
Quando esse inimigo
Música: Inimigo Meu
Autoria: E. Gomes & M. Duarte
Performance: Os Magangavas