Sem
que uma só dúvida me alçasse
O
véu duma vigília tão calada
Distribuí
os meus passos pausados
Pelo
corredor torvo da pousada
E,
sem sentir o frio que cobria a tudo
Como
um devastador manto de gelo
Diante
duma porta, então, postei-me
E
no seu mogno eu bati com zelo
E
quando a porta foi por ela aberta
Ela
me perguntou, logo, qual era
O
porquê deu mantê-la assim, desperta
E,
no lento percurso da pernoite
Sem
que eu titubeasse, apenas, disse
Que
fui lhe dar um beijo de boa noite