No Facebook, criado foi o Grupo Caravana do Mochileiro ( https://www.facebook.com/groups/378286003231909 ), com o fim de que os leitores do Mochileiro Místico confabulem, se juntem e participem dos eventos que são anunciados no blog.
Em 2013, em um grande jornal do estado de São Paulo, cujo nome se ocultará, dado que, hoje, ele se transformou em um panfleto do “consórcio”, publicado foi o artigo que tratava da Coleção Vagalume, da Editora Ática.
Levando Mateusz Duarte, antes de escrever “A Máquina da Verdade”, a se lembrar de como os livros da Coleção Vagalume eram bons.
Sim, eram tão bons que nem a escola conseguia estragá-los, ao colocá-los da sua agenda de leituras obrigatórias.
Logo, o salto que “A Máquina da Verdade” deu da imaginação para a realidade, como em um capítulo de “Além da Imaginação”, tomou impulso quando o autor se imaginou como parte de sua própria história.
Não como paciente.
E sim, como agente.
Já que ele se imaginou como um homem do futuro que escrevia um livro que iria ser lido pelo menino que ele era, no passado.
A partir daí, a narrativa que norteou o texto teve como inspiração as séries “Anos Incríveis” e “Todo Mundo Odeia o Chris”. Também se computando o filme “Conta Comigo” – aliás, não há como citá-lo sem balbuciar trechos da canção “Stand by Me”, de Ben E. King. Tudo porque nessas histórias o protagonista conta, comenta e “corneta” as aventuras de sua infância.
O que cobre “A Máquina da Verdade” com uma aura de saudosismo.
Dado que a trama tem todas as características de uma autobiografia.
Principalmente, porque o autor, propositalmente, utilizou, como pano de fundo, alguns dos palcos de sua vida – como o bairro de Santana, o Metrô Santana e o Empório Laura Aguiar (o vulgo Bar do Zé).
Sem se esquecer, é claro, do Edifício Martinelli.
O que o levou a fazer uma investigação sobre William Fillinger, seu arquiteto. Que, misteriosamente, desapareceu.
Chegando, após uma associação de nomes e sobrenomes, à bisneta do cujo. Uma pessoa que, a priori, se mostrou atenciosa. Com o papo de que queria restaurar a história do bisavô.
Contudo, como ele, ela, também, misteriosamente, sumiu.
Em todo caso: “The Show Must Go On”!
(Tal como Freddie Mercury cantava à frente do Queen.)
Ademais, no enredo se destaca a relação entre pai e filho.
E, aqui, há de se entender que não existe curso para ser pai.
Logo, por falta de uma orientação (principalmente) religiosa, o cujo não entende que ele precisa preparar o rebento para cumprir sua missão nesse plano.
Por isso, em alguns casos, com o intuito de ser rigoroso, o sujeito se torna uma espécie de carrasco; até externando algum sadismo. Ou se transforma em um “amigão”; retardando o amadurecimento da criatura.
Entretanto, o progenitor do protagonista é um anti-herói. Um cidadão politicamente incorreto. E que, por isso, em muitos casos, age como uma espécie de anjo. Um Sr. Miyagi ocidental. Ajudando seu filho a encontrar o caminho do sucesso.
Por fim, com a história pronta, foi-se atrás da Vagalume.
Só que a bunda deste Vagalume não brilhava mais.
O que fazer?
Abortar o Plano A?
Ou apenas tirar o nome “Vagalume” dele?
Bem, ele alterou o Plano A ao tirar o nome do coleóptero dele.
Posto que a sua proposta era a de atuar com outras pessoas, e, assim, alcançar um público diferenciado, dentro do universo infanto-juvenil; com isso, colocando uma alternativa conservadora no mercado.
Pois uma das principais preocupações de todo pai é a de que seu guri seja ensinado a pensar. E não, ser submetido a um pensamento esquerdista por meio de adestramento.
Assim, se foi em busca das pequenas editoras.
Por que não das grandes?
Porque requer um convite.
Algo que para um autor que, em outros tempos, seria qualificado como “underground” estava fora de cogitação.
Ademais, entre as pequenas, se perambulou por um “Parque de Pirâmides Literárias”.
Contudo, 10 anos depois do movimento inicial, ele ouvia o “Programa 4 Por 4”, no canal homônimo do Youtube, quando escutou Luís Ernesto Lacombe, seu apresentador, dizer que tinha escrito um livro infantil.
“Eu também escrevi”, ele pensou.
Na verdade, como já foi dito, se trata de um livro infanto-juvenil.
Mas que também serve.
Então, ele tirou a obra da gaveta, bateu-lhe o pó e a publicou pelo Clube de Autores, onde tinha publicado antes.
Na noite do dia 20 do mês de maio de 2023, depois da live alcunhada de “Combustível, Metal e Poema: Srila Prabhupada (Rememorando George Harrison, 80 Anos)”, que está no canal “Cuesta Verde / Jornalismo de Verdade”, no Youtube, se tinha como destino a “05ª Festa Cigana da Tenda de Sumaya”.
Uma festa que não era perpetrada por ciganos.
E sim, por uma Loja dedicada à Umbanda, que também recebe a orientação espiritual de mentores que são oriundos de uma egrégora cigana.
Ademais, a noite de sábado não existiria sem o transporte por aplicativo.
Já que o transporte público, no caso, o ônibus – como já foi mencionado nas crônicas “193” e “O Amor Vence Todas as Coisas” –, só serve para quem não tem compromisso. E o particular, o taxi, compete, em pé de igualdade, com ele.
Assim, enquanto, pela orla, o carro ia, rumo à Ponta da Praia, se apreciava a preparação da estrutura da corria que aconteceria no domingo; os 10 Km da Tribuna FM.
Sim, a Tribuna – o tradicional órgão de comunicação do litoral –, que se ignora porque, infelizmente, ela retransmite a programação da Rede Funeral de Televisão.
Todavia, durante o percurso, se ouviu a canção “Suedehead”, que, normalmente, tem seu nome trocado pelo refrão “I’m so sorry”. Sendo que ela foi composta por Stephen Street e Steven Morrissey; e lançada, por Morrissey, em seu 01º single, sem os Smiths, em 1988.
Em cujo lado B, aliás, há a balada “I Know Very Well How I Got My Name”, também de autoria do duo. Mas que se caracteriza por ser um contraponto ao lado A em estética e notoriedade.
Depois, se chorou com a choradeira do Chorão ao ouvi-lo cantar: “Não É Sério”.
É sério!
O Charlie Brown Jr lançou uma música em cuja letra há a seguinte constatação: “Eu vejo na TV, o que eles falam sobre o jovem / Não é sério / O jovem, no Brasil, nunca é levado a sério”.
O que suscitou a vontade de escrever um rock “de resposta” que diria: “Minha orelha não é latrina / Não brinca”.
E, assim, se chegou ao número 73 da Rua Dona Marta Máximo – o Clube 2004.
Bem, no salão, a festa era animada por Régis, um professor de dança que, como um performático maestro, por meio do mimetismo, fazia a mulherada dançar.
Contudo, o repertório girou em torno das músicas do Gipsy King e do Sidney Magal.
Nada contra.
Até porque o som do Sidney Magal gera um requebrado sensual.
Mas será que ninguém conhece o Gogol Bordello?
Porra!
É a melhor...
Ou melhor: é a única banda norte-americana de gypsy punk que se conhece.
Para quem não sabe, há um clipe da canção “Start Wearing Purple”, de autoria de Eugene Hütz, que foi lançada no álbum “Gypsy Punks: Underdog World Strike”, de 2005, no Youtube.
Em todo caso, uma coisa era certa: a mulherada queimava as calorias dançando e, depois, “enchia o tanque” com um vinho bebível ou uma cerveja igualmente ingerível. E, quando a coisa se excedia, havia pastel e cachorro quente.
Sendo que o cachorro quente era chamado pelo seu nome original: hot dog.
Não seja por isso...
Chamá-lo-emos de frankfurter.
Quando se viu uma cigana rechonchuda, com seus dedos gordos, levar um naco de frankfurter, cheio de maionese, para sua grande boca.
O que lembrou uma cena do filme “Remo / Desarmado e Perigoso”. Uma película de 1985, que foi dirigida por Guy Hamilton – o responsável por vários do James Bond, no fim da fase “Sean Connery” e no início da “Roger Moore” –, que tinha no papel de Remo Willians, Fred Ward, e, como Chiun, Joel Grey.
Todavia, na cena em questão, Chiun – que era mestre de Sinanju, uma arte-marcial coreana que existe apenas nesta trama – dá a Remo, seu aluno, um korean fingerboard – uma estrela esculpida em madeira, com 08 pontas, que terminam em alvos circulares.
- Escala coreana – disse Chiun. – Começa a bater, lentamente, com seus dedos, no início. Depois, aumenta a força. Com o tempo, suas unhas ficarão duras. Seus dedos fortes. Eles serão capazes de fazer mais do que apenas levar comida para a sua boca.
Ademais, deixando a ficção de lado, o negócio é que o frankfurter era bom.
Sim!
Era feito com molho.
Uma obsessão para quem era jovem nos anos 1980. Posto que, na série “Tiro Certo”, os personagens Rick Hunter – vivido por Fred Dryer – e Dee Dee McCall – interpretado por Stepfanie Kramer –, entre um tiroteio e outro, comiam um frankfurter com molho.
No caso, um vinagrete.
Mas o molho de tomate do sanduba da festa era muito gostoso.
Quando o evento sofreu uma transição: passou da folia para o sorteio de prêmios.
Sorteio que foi conduzido por Régis. Que, como um bom mestre de cerimônia, o fez com muito humor; brincando com cada contemplado.
Até que o número 140 sorteado foi.
E para o palco se dirigiu, com o fim de receber sua prenda, um barbudo pilantra. Um sujeito safado que, antevendo um provável escárnio, se preparou para o revide.
Um revide com requintes de crueldade.
Não dando outra!
Dado que, assim que avistado foi, ouviu de Régis a seguinte indagação:
- Como eu faço para ter uma barba assim?
E o barbudo barbarizou:
- Tem que ser muito macho.
- Muito macho é tudo que eu não sou – comentou Régis, ao lhe dar o brinde. – Olha a conversa do cara – falou para a plateia. – Vem aqui, e me diz que tem de ser macho – bronqueou o apresentador, ao se tocar de que o tom jocoso do cidadão se devia ao excesso alegria que ele esbanjava sobre o palco.
Terminada a festa, requisitou-se o transporte por aplicativo.
Que, como solicitado, para o Estradão, pela orla foi.
Entretanto, em função dos preparativos para a corrida, no Canal 3, a via fora interditada.
Logo, se seguiu pela Avenida Washington Luís.
Onde o tráfego ficou intenso; indo e não indo.
Com motociclistas e motoqueiros fugindo pela passarela para pedestre que cruza o canal.
Por falar em motoqueiro...
Bem, entre o carro de cá e o de lá, surgiu um motoboy. Um indivíduo que era tão apreçado quanto burro. E que, por isso, acelerou, arrebentando o espelho retrovisor do veículo de lá.
Fazendo com que sua motorista gastasse seu estoque de “Filha da puta!”.
O que, pelo fato de que ela tinha uma pança proeminente, ecoou, com o timbre de um contralto.
E mais: ela disse que conhecia a pizzaria cuja marca estava estampada na bag que ele carregava.