Na 02ª etapa, quem sobrou teve que preparar o fruto do mar.
E, nesse interim, não ouve quem não se encucasse com a receita criada pelo Padre: um lagostim defumado, com maçã caramelizada.
Algo que muito gaiato colocaria na boca e cuspiria depois.
Tanto que Paola comentou: “Padre Evandro... Esse prato é ama; odeia. Gosto. Detesto. Não tem absolutamente nada no meio desses 02 limites”.
Ou seja, dos 03 jurados, ele perdeu o voto da dúvida.
O voto daquele que não tem convicção.
E (cá pra ‘nois’) arrepsia não era o caso dele.
Que cozinhava com a desenvoltura de quem prepara uma última refeição.
Mas não a de um condenado.
E sim, a de um suicida.
Ademais, com um lagostim à provençal, com abóbora, champignon e molho de ervas Katleen venceu.
Automaticamente, jogando o Padre e Victor Hugo na negra.
Donde, por uma questão de isonomia, ambos não voltaram.
Porém, enquanto, de um lado, Victor Hugo se foi chorando, do outro, o Padre saiu com uma expressão de leveza.
Do tipo que deve ter surgido no rosto de Simão Cirineu, quando ele devolveu a cruz para o “dito” Cristo carregar.
Em A FILOSOFIA DE UM ASCETA se discorre
sobre a busca do MUNDO ESPIRITUAL. Ou seja, daquilo que transcende a TERCEIRA
DIMENSÃO. E que, parece se distanciar da REALIDADE, por conta do que ocorre nos
versos que RAUL SEIXAS tão bem cantou em EU TAMBÉM VOU RECLAMAR: “Dois
problemas se misturam / A verdade do Universo / E a prestação que vai vencer”.
Mas que podem se atar se, tal qual o YIN YANG, se compreender que, de um lado,
cabe à CIÊNCIA cuidar das coisas da TERRA, enquanto que, do outro, a RELIGIÃO deve
zelar pelos desígnios do CÉU. E, juntas, nos conduzir rumo à ETERNIDADE.