quarta-feira, 18 de maio de 2022

INICIATIVA 2045 - PARTE 004 - O CAMINHO PARA A NEO-HUMANIDADE

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Diário da Ilha de São Vicente – 08/05/2022 – MADRUGADA DO DIA DAS MÃES




            Para lá da meia-noite, do dia 07 do mês de maio de 2022, que, como Sheldon Cooper salientaria, se tratava já do dia 08, se comemorava o “Dia das Mães”.





            Entretanto, o que se viu, nessa madrugada, passou longe do fim de um mero “papai e mamãe”.
            Até porque, para que isso se desse, carecia de alguém que tivesse a condição de ser uma figura materna.
            Por isso, há de se dizer que o que ocorreu é fruto de um “24”.





            Mas o “24” não é o veado no Jogo do Bicho?
            É!
            Em, também, é uma posição sexual, como o “69”.
            Já que o número 24 representa um, de 02 pés, e outro, de 04 patas.
            Lembrando o diálogo em que, como um bom “cagueta”, Iago relata a Brabâncio as atividades sexuais que Desdêmona, sua filha, perpetra com o mouro Otelo: “... sou o que fala que sua filha e o mouro / Estão, agora, compondo a besta de duas costas”.
            “Besta de duas costas”.
            Caralho!
            Sim... Uma obra dramatúrgica de William Shakespeare.
            Portanto, quando aquela sua amiga de “xana seca” te falar que gosta de coisas aculturadas, cite esse trecho de Otelo, uma peça teatral que foi lançada em 1622. E a convide para encenar a cena da besta de duas costas.





            Ademais, o evento (de que se falava) ocorreu no Estradão, na Zona Noroeste, em Santos.
            Uma via que traz à luz a música “Highway to Hell”, que o AC/DC lançou em 1979.





            Que, aliás, poderia ser oficializada pela Prefeitura de Santos como o hino da Zona Noroeste.





            O que não teria problema.
            Dado que, na Zona Oeste, da Ilha de Manhattan, em Nova Iorque, há um bairro chamado “Hell’s Kitchen” – a “Cozinha do Inferno”.
            E mais: se Santos tem o maior porto da América do Sul, Nova Iorque tem o maior porto da América do Norte; se, em Nova Iorque, o New York Yankees tem a maior torcida, em Santos, é a do Corinthians que manda.
            Coincidências não faltam.
            Só falta o Diabo.
            Diabo, mouro e Jogo do Bicho (ou da Bicha), à parte...
            Todavia, a história (de que ainda se fala) tem, em 02º plano, o terreno quase abandonado que fica em frente ao Bonde Boteco.





            Uma gleba, praticamente, esquecida.
            “Praticamente”, pois, extraoficialmente, ele é utilizado por usuários de substâncias ilícitas, estupradores e outros párias.
            Sendo que dos “outros párias” se viu, sob a guarda do muro que cerca o perímetro, o bailar de duas cabeças. Dois cocurutos que, pelo jeito, eram de pessoas altas.
            Pelo menos, se comprovou que uma era.
            Já que, do outro lado da rua, indo da direita para a esquerda, apareceu um traveco enorme e retinto, com uma camisa curta casual feminina rosa e uma calcinha rosa-clara enfiada no meio da bunda.
            - Eu vi isso? – indagou a garçonete, que, devido à atenção que dava a seu smartphone, o viu de relance.
            Uma dúvida que, minutos depois, se dissipou. Dado que o traveco reapareceu. E, dessa vez, com um acréscimo de um short de brim e um gorro, com a forma da cabeça de um coelho. Indo a caminho do inferno. Pois ia da Avenida Nossa Senhora de Fátima para os confins da Zona Noroeste. Que, durante o percurso, passa a se chamar “Faroeste”.
            - Se vir atrás de mim, na rua, eu pego um pedaço de pau e ponho para correr – disse a garçonete.
            Ignorando o fato de que não corria perigo. Já que era o traveco que corria atrás de um pau.
            - Sumiu! – com espanto, exclamou ela, que fora à porta, com o fim de se ater ao trânsito do observado.
            Donde se deduziu que ele teria pulado o muro.
            Contudo, se soube que o portão que dava aceso ao terreno, devido ao descuido, se fragilizou. E, por isso, foi empurrado, do lado direito, até que se abriu um vão entre ele e o muro. Por onde se pode entrar e sair, sem dilema.
            Dilema que se viu em seguida.
            Quando um motoboy munido de uma bolsa bag azul de entregador saiu do averno.





            Conquanto que ele saiu da geena, mas o báratro não saiu dele. Indo em seu encalço. Já que, como um encosto, o traveco o seguia. E o fazia com alguns detalhes a menos. Que podem ser discriminados, ao se sublinhar o fato de que só a camisa o cobria.
            Sem mais, eles foram para a pracinha, que fica em frente à Escola Municipal Doutor Samuel Augusto Leão de Moura. Onde, junto ao veículo dele, eles pareciam confabular.
            Restando, apenas, à garçonete a tarefa de gerir a chopeira, e, aos manguaceiros a missão de não deixar que o chope esquentasse dentro da caneca de caveira.





            Quando se ouviu uma freada!
            E, diante da choperia, se viu uma moto parada. Com o motoqueiro tentando esconder o que lhe escapava do rosto pela viseira aberta do capacete fechado branco que usava. Enquanto o traveco segurava o guidão da moto com o ímpeto de quem retém um touro pelos chifres.





            - Eu quero o meu dinheiro – falava o traveco.
            O qual estava com a sua bunda grande, brilhante e preta virada para a choperia.
            - Você comeu o meu cu; vai ter que pagar – com voz grossa, ele falava.
            - Ele tem vergonha de mostrar a cara, mas não tem vergonha de traçar um traveco – alguém comentou.
            - São 50 reais – o traveco resmungou.
            - 50 reais?! – na voz de outra pessoa, com um audível nojo, ecoou.
            - Além de traveco, é ladrão – um barbudo comentou. – Na minha época de gigolô, eu ganhei menos para comer coisa melhor.
            Quando, sem muito que fazer, o motoqueiro conteve o constrangimento, olhou para os bêbados e pediu:
            - Me ajuda, aqui.
            - Ajuda, aí, gente – implorou o traveco, com medo, talvez, de que alguém se aliasse ao seu algoz.
            Aí, veio outra questão: “Ajudar como?”
            Ligar para a polícia e dizer que tem um traveco pelado brigando com um motoboy, no meio da rua?
            No mínimo, a atendente anotaria o endereço, com o fim de que ninguém passasse perto.
            Bem... Polícia, chope, pica e bunda, à parte...
            Tudo acabou quando o motoqueiro fez o que devia ter feito depois de fazer o que não devia ter feito: enfiou a mão no bolso e saldou seu débito.
            Por fim, o motoqueiro foi para o inferno, e o traveco desapareceu.
            Reaparecendo, em seguida, com suas vestes.
            Logo, ele calçou o gorro de coelho e uma calcinha preta.
            Mas não era rosa?
            Rosa-clara!
            Não se conhecendo o destino dela.
            Talvez, o motoqueiro a tenha levado, como uma forma de recordação.
            Ou, quiçá, devido a sua situação econômica, ele a tenha lavado e presenteado a sua mãe com ela.
            Não se sabe.
            Só se tem ciência de que o traveco passou pelo vão, que separa o portão do muro, e se perdeu na escuridão.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

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