quarta-feira, 31 de maio de 2023

Diário da Ilha de São Vicente – 20/05/2023 – MUITO MACHO




            Na noite do dia 20 do mês de maio de 2023, depois da live alcunhada de “Combustível, Metal e Poema: Srila Prabhupada (Rememorando George Harrison, 80 Anos)”, que está no canal “Cuesta Verde / Jornalismo de Verdade”, no Youtube, se tinha como destino a “05ª Festa Cigana da Tenda de Sumaya”.
            Uma festa que não era perpetrada por ciganos.
            E sim, por uma Loja dedicada à Umbanda, que também recebe a orientação espiritual de mentores que são oriundos de uma egrégora cigana.
            Ademais, a noite de sábado não existiria sem o transporte por aplicativo.
            Já que o transporte público, no caso, o ônibus – como já foi mencionado nas crônicas “193” e “O Amor Vence Todas as Coisas” –, só serve para quem não tem compromisso. E o particular, o taxi, compete, em pé de igualdade, com ele.
            Assim, enquanto, pela orla, o carro ia, rumo à Ponta da Praia, se apreciava a preparação da estrutura da corria que aconteceria no domingo; os 10 Km da Tribuna FM.
            Sim, a Tribuna – o tradicional órgão de comunicação do litoral –, que se ignora porque, infelizmente, ela retransmite a programação da Rede Funeral de Televisão.
            Todavia, durante o percurso, se ouviu a canção “Suedehead”, que, normalmente, tem seu nome trocado pelo refrão “I’m so sorry”. Sendo que ela foi composta por Stephen Street e Steven Morrissey; e lançada, por Morrissey, em seu 01º single, sem os Smiths, em 1988.
            Em cujo lado B, aliás, há a balada “I Know Very Well How I Got My Name”, também de autoria do duo. Mas que se caracteriza por ser um contraponto ao lado A em estética e notoriedade.





            Depois, se chorou com a choradeira do Chorão ao ouvi-lo cantar: “Não É Sério”.
            É sério!
            O Charlie Brown Jr lançou uma música em cuja letra há a seguinte constatação: “Eu vejo na TV, o que eles falam sobre o jovem / Não é sério / O jovem, no Brasil, nunca é levado a sério”.
            O que suscitou a vontade de escrever um rock “de resposta” que diria: “Minha orelha não é latrina / Não brinca”.
            E, assim, se chegou ao número 73 da Rua Dona Marta Máximo – o Clube 2004.
            Bem, no salão, a festa era animada por Régis, um professor de dança que, como um performático maestro, por meio do mimetismo, fazia a mulherada dançar.
            Contudo, o repertório girou em torno das músicas do Gipsy King e do Sidney Magal.
            Nada contra.
            Até porque o som do Sidney Magal gera um requebrado sensual.
            Mas será que ninguém conhece o Gogol Bordello?
            Porra!
            É a melhor...
            Ou melhor: é a única banda norte-americana de gypsy punk que se conhece.
            Para quem não sabe, há um clipe da canção “Start Wearing Purple”, de autoria de Eugene Hütz, que foi lançada no álbum “Gypsy Punks: Underdog World Strike”, de 2005, no Youtube.





            Em todo caso, uma coisa era certa: a mulherada queimava as calorias dançando e, depois, “enchia o tanque” com um vinho bebível ou uma cerveja igualmente ingerível. E, quando a coisa se excedia, havia pastel e cachorro quente.
            Sendo que o cachorro quente era chamado pelo seu nome original: hot dog.
            Não seja por isso...
            Chamá-lo-emos de frankfurter.





            Quando se viu uma cigana rechonchuda, com seus dedos gordos, levar um naco de frankfurter, cheio de maionese, para sua grande boca.
            O que lembrou uma cena do filme “Remo / Desarmado e Perigoso”. Uma película de 1985, que foi dirigida por Guy Hamilton – o responsável por vários do James Bond, no fim da fase “Sean Connery” e no início da “Roger Moore” –, que tinha no papel de Remo Willians, Fred Ward, e, como Chiun, Joel Grey.





            Todavia, na cena em questão, Chiun – que era mestre de Sinanju, uma arte-marcial coreana que existe apenas nesta trama – dá a Remo, seu aluno, um korean fingerboard – uma estrela esculpida em madeira, com 08 pontas, que terminam em alvos circulares.





            - Escala coreana – disse Chiun. – Começa a bater, lentamente, com seus dedos, no início. Depois, aumenta a força. Com o tempo, suas unhas ficarão duras. Seus dedos fortes. Eles serão capazes de fazer mais do que apenas levar comida para a sua boca.
            Ademais, deixando a ficção de lado, o negócio é que o frankfurter era bom.
            Sim!
            Era feito com molho.
            Uma obsessão para quem era jovem nos anos 1980. Posto que, na série “Tiro Certo”, os personagens Rick Hunter – vivido por Fred Dryer – e Dee Dee McCall – interpretado por Stepfanie Kramer –, entre um tiroteio e outro, comiam um frankfurter com molho.





            No caso, um vinagrete.





            Mas o molho de tomate do sanduba da festa era muito gostoso.
            Quando o evento sofreu uma transição: passou da folia para o sorteio de prêmios.
            Sorteio que foi conduzido por Régis. Que, como um bom mestre de cerimônia, o fez com muito humor; brincando com cada contemplado.





            Até que o número 140 sorteado foi.
            E para o palco se dirigiu, com o fim de receber sua prenda, um barbudo pilantra. Um sujeito safado que, antevendo um provável escárnio, se preparou para o revide.
            Um revide com requintes de crueldade.





            Não dando outra!
            Dado que, assim que avistado foi, ouviu de Régis a seguinte indagação:
            - Como eu faço para ter uma barba assim?
            E o barbudo barbarizou:
            - Tem que ser muito macho.
            - Muito macho é tudo que eu não sou – comentou Régis, ao lhe dar o brinde. – Olha a conversa do cara – falou para a plateia. – Vem aqui, e me diz que tem de ser macho – bronqueou o apresentador, ao se tocar de que o tom jocoso do cidadão se devia ao excesso alegria que ele esbanjava sobre o palco.
            Terminada a festa, requisitou-se o transporte por aplicativo.
            Que, como solicitado, para o Estradão, pela orla foi.
            Entretanto, em função dos preparativos para a corrida, no Canal 3, a via fora interditada.





            Logo, se seguiu pela Avenida Washington Luís.
            Onde o tráfego ficou intenso; indo e não indo.
            Com motociclistas e motoqueiros fugindo pela passarela para pedestre que cruza o canal.
            Por falar em motoqueiro...
            Bem, entre o carro de cá e o de lá, surgiu um motoboy. Um indivíduo que era tão apreçado quanto burro. E que, por isso, acelerou, arrebentando o espelho retrovisor do veículo de lá.
            Fazendo com que sua motorista gastasse seu estoque de “Filha da puta!”.
            O que, pelo fato de que ela tinha uma pança proeminente, ecoou, com o timbre de um contralto.
            E mais: ela disse que conhecia a pizzaria cuja marca estava estampada na bag que ele carregava.
            - Você vai processar o estabelecimento? – perguntou-lhe o cara que estava no banco do carona.
            - Vou fazer pior. Vou dizer para o dono que nunca mais como na pizzaria dele.

quarta-feira, 17 de maio de 2023

A M0RTE NA ROTA DA SEDA: POEIRA AMARELA

quarta-feira, 3 de maio de 2023

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