quarta-feira, 9 de março de 2016

Coluna Rio Sanzu: ASCENDENDO À LUZ

            A ideia de revolução foi tão afetada durante o transcurso da história, que se desprendeu de seu caráter etimológico. Posto que, nesse interim, simplesmente, passou-se a ignorar o prefixo “re” – referente ao ato de ir para trás – e, consequentemente, todo o restante do vocábulo. Que, no seu sentido literal, consiste em regressar ao ponto zero e dar início a uma nova evolução.
            O que, na prática, não se resolve com uma mera mudança de linguagem. E sim, com uma assimilação de novos códigos, que levem o cidadão a uma autossuficiência existencial.
            Sendo que, para tal, no livro “O Ponto de Partida da Felicidade”, que foi publicado em 2000, o Mestre Ryuho Okawa, seu autor, trata das diretrizes da revolução pessoal. Que induzem o leitor a retroceder ao exato momento da concepção e extirpar os monstros que foram agregados ao seu inconsciente, durante o correr da vida, ao instigá-lo a estabelecer como referência os momentos de graça; e não, de desgraça.
            E, assim, com uma mente organizada, tornar a vida mais agradável.
            Como é observado na canção “Um Messias Indeciso”, do álbum “Metrô Linha 743”, de 1984. Em que, no tema de autoria de Raul e Kika Seixas, são narradas as peripécias de um ungido. Que, ao ser inquirido quanto ao segredo da vida, responde: “Destino é a gente que faz / Quem faz o destino é a gente / Na mente de quem for capaz”.
            Estipulando, assim, que o ensejo para se dominar os desejos está em estabelecer uma harmonia entre os planos astral e material.
            Por fim, despertando o conceito de transcendência.
            Que é destrinchado pelo filósofo Olavo de Carvalho no artigo “Meditação e Consciência”, que publicado foi no jornal “Diário do Comércio”, em 29 de setembro de 2014. Quando ele diz que: “Por atividade espiritual entendo a meditação solitária em que a consciência toma posse de si mesma como autocriação e liberdade que luta para realizar-se no mundo espaçotemporal e aí encontra, ao mesmo tempo, seus obstáculos e instrumentos”.
            A qual, então, se concretizará naquilo que outrora Claudio Coutinho, durante o seu período como técnico de futebol, chamou de “ponto futuro” – que, no caso, se trata do lugar em que o jogador e a bola, então, alçada por outro, se encontram, no desfecho de uma jogada.
            Pois, no momento em que o tempo se cruza com o espaço, se dá vazão ao evento.
            Desenhando-se, desse modo, o mapa do universo.
            Como ocorre quando se atravessa a hora zero do dia primeiro de janeiro com a cidade de Santos. E se conclui que, em virtude dos festejos inerentes à virada de ano, acontecerá uma queima de fogos de artifício na praia.
            O que, até a sua realização, não passará de uma abstração.
            De uma manifestação de fé.
            Como consta em Hebreus 11:1: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê”.
            E, a partir daí, seguir não para a criação de uma realidade alternativa. Mas para o ponto em que se oferece uma alternativa à realidade.
            O que vingará assim que se entender que o universo funciona por meio de um moto-contínuo energético.
            Dado que, desde a hora zero, se recebe energia de modo direto e indireto. E, assim, deve-se passá-la para frente, com o fim de que não se estagne.
            Por meio do que o Mestre Okawa chama de “amor que se dá” o fazendo.
            O que, de forma direta, se perpetra ao elevar a qualidade de vida. Buscando a eficiência e a excelência nos campos das relações pessoal e profissional.
            Enquanto que a via indireta é o ponto de partida para as grandes transformações. Já que é o meio em que não se incorre no risco de desperdiçá-la, ao se confrontar com o livre arbítrio alheio.
            Assim, se alcançando os limites do que consta no livro “Valores, Prosperidade e o Talmud”, de 2003. Em que Larry Kahaner, seu autor, os salienta ao transcrever a seguinte máxima do Rabi Elazar ben Azaryah: “Onde não há dinheiro, não há aprendizado”. Prosseguindo, ao escrever: “... se as pessoas não estão de barriga cheia, não podem estudar, crescer espiritualmente e praticar boas ações...” E finaliza com : “... o objetivo último do dinheiro é tornar a comunidade mais próspera, fornecer empregos e permitir às pessoas crescer e atingir todo o seu potencial”.
            Chegando, então, à outra questão que o Mestre Okawa levanta: “Qual é a intensidade da luz que você emite?”
            Ao que, involuntariamente, Steve Jobs respondeu, em 2005, durante uma palestra que proferiu na Universidade de Stanford, na Califórnia. Em que se relembrou do curso de caligrafia que frequentou na Reed College, em Portland, no Oregon, dizendo: “Eu aprendi sobre caracteres com e sem serifa, sobre a variação de espaço entre diferentes combinações de letras...” Para, depois, explicar sobre como esse conhecimento veio a intervir no futuro seu e da humanidade, ao proferir: “Se eu nunca tivesse entrado naquele simples curso da faculdade, o Mac nunca teria múltiplos tamanhos de letra ou fontes proporcionalmente espaçadas. E já que o Windows copiou o Mac, provavelmente, nenhum computador pessoal teria”.







Peça ao seu jornaleiro de confiança os livros da coleção “O Sangue Derramado” e ajude a desenterrar a literatura mal-assombrada do Brasil.




Financie o Mochileiro Místico

https://apoia.se/mochileiromistico

VENERÁLIA

​ Na segunda, dia 01 de abril de 2024, se comemora a chegada da Venerália - a festa em homenagem a Vênus, a deusa romana do amor. Recom...