Eu soube da galega bem sinistra
Que bronzeava seu couro sagrado
Sem se ater ao pudor e o bom costume
Sobre uma motoca envenenada
Num deserto, quiçá, mal-assombrado
E desolado, lá na Califórnia
Donde o último “cabra macho” vivo
Foi da sua existência sequestrado
Deixando o patrulheiro e seu cachorro
Mais o caminhoneiro e o viajante
E até o suicida deslumbrado
Quando cantava os mais bonitos versos
Que dum hotel de estrada proseavam
Dentro dum “roquenrou” endiabrado