sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

À BRASILEIRINHA (O Ensaio de Lola Melnick para a Playboy)

            “Você gosta de foder gostoso?” – é a primeira pergunta que, com um respaldo constitucional, todo homem deveria ter a obrigação moral de fazer a uma mulher. Com a finalidade de economizar tempo, lábia e dinheiro. E também para que, em havendo uma desonestidade da cuja, ele seja indenizado; e, assim, disponha de recursos para uma futura investida.
            Não se perpetrando, por tanto, o que ocorreu com Lester Burnham – vivido por Kevin Spacey – em “Beleza Americana”. Que, no drama – dirigido por Sam Mendes e lançado em 1999 –, mudou de vida, para se relacionar afetivamente com Angela Hayes – interpretada por Mena Suvari. Uma adolescente que se gabava de ser uma “vadia”. Mas que, na prática, se confrontada fosse por uma pica, seria capaz de enfiá-la na bunda (o que não seria em nada ruim, se ela manjasse do assunto).
            Ademais, enquanto a clarividência for o único caminho para a alma feminina, o cinema continuará tendo a obrigação de torná-la menos subjetiva. Já que a sétima arte sempre se encarregou de explorar o tema. E, com isso, demonstrou que, na mente da mulher, o sexo funciona como uma espécie de terapia. Pois ele divide as fêmeas em dois grupos: o das que usam a cama para ganhar a vida e o das que a utilizam dela para não desperdiçar a mesma.
            Logo, no filme “Romance”, de 1999, a diretora Catherine Breillat levou à tela a história de uma mulher que se compraz em se satisfazer sexualmente.
            Contrastando com “Sexo por Compaixão”, de 2000. Em que Laura Mañá conduziu o enredo que trata de uma mulher que se alegra em suprir a carência sexual alheia.
            E, por fim, conclui-se o silogismo conceitual com “Ninfomaníaca / Volume 1 e 2”, de 2013. Em que Lars Von Trier transformou em arte a tragédia da mulher que se condena por fazer as duas coisas; quando não ao mesmo tempo, pelo menos, por dar no momento em que cria ser certo receber ou por receber na hora em que deveria ser solícita. ​
            Todavia, um indício se terá de que a alma feminina deixou de ser um mistério quando a TV aberta tiver o despudor de veicular um programa como: “Você Quer Trepar Comigo?” Em que, incialmente, alguns casais se dividirão entre machos e fêmeas. Depois, em ambientes distintos e incomunicáveis, através de uma série de perguntas – em que se abordará, por exemplo, uma preferência ou não por escatalogia – amealharão pontos, até que sejam reconfigurados ou não os pares, por meio da acusação dos menos díspares. E, então, cada qual dos campeões receberá a chave de um quarto de motel. Onde o macho fará à fêmea a pergunta que dá razão ao programa. Quando, com um “fade out”, a atração se encerará, deixando a indagação no ar.
            Contudo, o elo que ata o desejo à realidade continua restrito à ficção. Como se vê na edição de Nº 475 da Playboy de dezembro de 2014. Na qual, o fotógrafo Gerard Giaume trabalhou com o mote da mulher que se contenta em ser a benesse do poder. E não se importa em só servir para inflar o ego e a calça daquele que está no topo de uma hierarquia, contanto que ele lhe ofereça uma forma de sobrevivência.
            Dado que, no cume de um morro – ou seja: do acidente geográfico e “social” que caracteriza qualquer paisagem praiana –, a russa Lola Melnick, que é a estrela do mês, encarna a mulher de um traficante.
            A qual tem, debaixo de suas angelicais madeixas, uma pele única; que, como uma esponja, absorve os mais sórdidos anseios.
            E que, depois, aos poucos, um pouco dessa lubricidade alambica.
            Já que, inicialmente, junto às rochas de uma praia, Lola doura as tetas maternais e as mundanas nádegas sob um Sol atrevido. Que, embora não lhe penetre nas cavidades, as mantêm úmidas e aquecidas.
            E, em seguida, outro tanto ela destila a bordo de um veleiro. Onde protagoniza um pôster que merece um lugar de destaque na parede do aposento de qualquer sujeito solipso. Visto que, nele, grudada ao mastro, ela se espicha como uma (recém-pescada) “truta”. E, assim, exibe uma vagina apetitosa e pelada.



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