Por
alguma desconhecida razão, Clarisse começou a soltar o verbo. E disse: “Hoje,
se alguém de nós tiver que sair, eu prefiro que seja o Vinícius. Eu queria que
nessa cozinha tivessem pessoas que amam isso. Que querem mudar de vida”.
Levantando
a seguinte questão: “E se ele não quiser mudar de vida?”
Se
ele estiver feliz com a sua vida e apenas deseja disputar um jogo televisivo, é
problema dele. Afinal, ele não saiu da barriga dela.
Depois,
ela prosseguiu: “Mano... O Rui... Eu achei que a gente tinha uma relação super
bonita. Seu eu ficar, hoje, o Rui vai sentir. Vai saber. Não vai ser legal pro
Rui”.
Mas
de onde será que vem toda essa mágoa? Será que ela pensou que, em algum
momento, tinha comprado algum favor, como uma vaga no mezanino, em troca de uma
“amizade colorida”?
Mas
como diria o Kiko: “Barriga cheia, coração contente”. Ou seja, não é nada que
uma autêntica pizza de padaria – uma bolacha coberta de queijo – não resolva.
Ademais,
durante a Prova, o pessoal do mezanino, com suas dicas dignas dos
universitários do extinto “Show do Milhão”, encheu tanto a paciência dos
competidores, dos telespectadores, que ficam gritando “cala a boca” para a
televisão (como se isso resolvesse algo), e dos jurados, que Jacquin os mandou
parar de encher o saco.
No
fim, Eliane, só para variar, foi a melhor.
E
Clarisse, Thiago e Vinícius para a negra foram. Donde Clarisse obteve a “carta
de alforria” que lhe deu o direito de comer um pedaço de pizza na padaria.
Em A FILOSOFIA DE UM ASCETA se discorre
sobre a busca do MUNDO ESPIRITUAL. Ou seja, daquilo que transcende a TERCEIRA
DIMENSÃO. E que, parece se distanciar da REALIDADE, por conta do que ocorre nos
versos que RAUL SEIXAS tão bem cantou em EU TAMBÉM VOU RECLAMAR: “Dois
problemas se misturam / A verdade do Universo / E a prestação que vai vencer”.
Mas que podem se atar se, tal qual o YIN YANG, se compreender que, de um lado,
cabe à CIÊNCIA cuidar das coisas da TERRA, enquanto que, do outro, a RELIGIÃO deve
zelar pelos desígnios do CÉU. E, juntas, nos conduzir rumo à ETERNIDADE.