MEIO MANCO
(Mateus Duarte & Ciro Carvalho)
Inda sinto o gosto
De sal e tequila
Que me roçou o rosto
Numa longa fila
De beijos frisantes
E oferta de couro
Uns minutos antes
Deu trepar no touro
Não fujo do tranco
Encaro essa bronca
Saio meio manco
E não perco a panca
Eu me atraco ao touro
Numa eterna briga
Que acaba em suadouro
E quase periga
Deu quebrar o bicho
Pois treino na cama
Com gana e capricho
Sobre uma árdua dama
Não fujo do tranco
Encaro essa bronca
Saio meio manco
E não perco a panca
Eu me agarro à fama
Quando, então, me acena
A fã que se inflama
Enquanto, na arena
Pelo olhar do touro
Sei que com pujança
Aguarda o vindouro
Dia de sua vingança
Não fujo do tranco
Encaro essa bronca
Saio meio manco
E não perco a panca
Todavia, há um ditado que afirma o seguinte: "a boa mulher é aquela que perdeu a virgindade e manteve a classe". Contudo, como é possível manter a "classe" se se cultua o axioma que prega que "o aspecto proveitoso da fidelidade é que ela comprova o quão prazerosa é a promiscuidade"?
Simples: criando uma sociedade paralela. Em que a distorção social transforma a fraqueza em virtude.
Assim, um grupo de misses embarcou em uma cruzada contra a real razão de seu fracasso: a competência alheia. E se deparou com o sucesso da incompetência: ou seja, o acaso.
A Quadrilha das Misses Assassinas*
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