Durante a primavera de 2012, o Cine Arte Posto 4 exibiu “A Primeira Coisa Bela”. Um filme italiano que foi lançado em 2011 e é dirigido por Paolo Virzì. E é um dos raros filmes que faz o espectador esquecer de que está em uma sala de cinema. Pois ele é, tecnicamente, perfeito.
Todavia, a trama irradia a ideia de
que a vida pode ser uma manifestação artística. Dependendo apenas de como é
imaginada e da habilidade com que é gerida.
Contudo, calcada pelo entendimento
de que as ações esporádicas entregam o destino ao acaso. Assim, desperdiçando
tempo e energia. E o pior, dando sustentação ao argumento dos néscios; do tipo:
“O futuro a Deus pertence”.
Mas quem é Deus, senão o homem?
Entretanto, isso requer um
pensamento econômico. Pois o minimalismo é a chave para outra realidade. Tanto
que Sun Tzu diz: “O essencial na guerra é a vitória e não, as operações
prolongadas”.
Com o adendo de que, a priori, a
repetição de uma ação gera um padrão e, a posteriori, denuncia uma estagnação.
Ademais, a criação de um estilo de
vida é viável. Já que é bom estar em um patamar em que os desejos se
materializam. Porém, sua manutenção leva a uma ausência de vida. A um estágio
em que se é congelado pelas próprias convicções.
Por isso, toda ação deve ser
encarada como um rito de iniciação. Em que se morre para uma vida defasada e
renasce para uma existência, quiçá, otimizada.
Todavia, há um ditado que afirma o seguinte: "a boa mulher é aquela que perdeu a virgindade e manteve a classe". Contudo, como é possível manter a "classe" se se cultua o axioma que prega que "o aspecto proveitoso da fidelidade é que ela comprova o quão prazerosa é a promiscuidade"?
Simples: criando uma sociedade paralela. Em que a distorção social transforma a fraqueza em virtude.
Assim, um grupo de misses embarcou em uma cruzada contra a real razão de seu fracasso: a competência alheia. E se deparou com o sucesso da incompetência: ou seja, o acaso.
A Quadrilha das Misses Assassinas*
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