Pelo reflexo com tom de esmeralda
Que da sua viva vista logo salta
Posso observar a tarde que se escalda
Sobre a sagrada água do Rio Nilo
E assisto ao alvorecer tão grandioso
Dum povo, por demais pretencioso
Que pela sua fé fica cioso
Como um esfomeado crocodilo
E a luz estroboscópica que desce
Lentamente, da abóboda celeste
Pairando sobre um campo amplo de trigo
Então, flutua, rumo às estrelas
Como se delas fora uma centelha
Deixando-nos o mais sinistro signo