sexta-feira, 14 de março de 2014

CAFÉ, ALMOÇO E JANTAR (O Ensaio das Belas da Praia para a Playboy)

            Em Drácula, seu livro, publicado em 1897, Bram Stoker fez alusões a várias lendas do Leste Europeu. Como a das Sudice. Três velhas que se aproximavam de um recém-nascido e profetizavam o seu destino.
            Que ele reeditou como as “Irmãs Estranhas”.
            Ou talvez, as herdeiras de Lilith.
            Sim, daquela que, segundo a mitologia judaica, foi a primeira consorte de Adão. E que, porque, como o dito, também era oriunda do “barro”, quis impor o seu matriarcado. O que não foi aceito. Levando-a a se exilar no plano astral.
            Contudo, sua fama foi conservada sob a alcunha de um “bicho-papão”. Primeiro, com a incumbência de devorar as crianças desobedientes. Em segundo, as acompanhando durante a adolescência, como um “agente ‘antimasturbação’”. Um Súculo! Que as excitaria no campo onírico, com o fim de levá-las à prática do onanísmo. E comprometê-las religiosamente; tal qual como consta em “Gênesis 38:6-10”.
            Todavia, a troica de beldades libidinosas e munidas de habilidades paranormais tomou o espaço que o “geriatrismo fantasmagórico” amealhara e se perpetuou, principalmente, por meio da “Sétima Arte”. Em filmes que mesclam terror e ação, como “Van Helsing”, e até em películas românticas, como as “Bruxas de Eastwick”.
            Assim, na edição de Nº 464 da Playboy de janeiro de 2014, a sombra das Irmãs Estranhas voltou a atiçar a lubricidade masculina, por acidente. Com a vantagem de que, por ser “de maior”, o leitor não precisa se preocupar com bobagens. E, portanto, pode por as mãos na obra e folhear a revista.
            Vendo que, sob o olhar do fotógrafo Sergio Kovacevick, Fernando de Noronha se tornou o “passo seguinte” para as divas que, em 2013, dividiram o título de “Bela da Praia” – uma espécie de “Miss Brasil” do litoral.
            Contudo, derrapando na proposta. Que era a de estimular a imaginação do leitor com um ensaio “assexuado” e com poucas fotos.
            Assim, lhe ofertando a fantasia erótica que resulta de um algoritmo em que se combinam três mulheres nuas e uma ilha deserta.
            Três mulheres que, dentro da ideia, deveriam ser mantidas em distintos pontos da localidade, com o fim de que seus ciclos menstruais não se calibrassem. E, com isso, ter uma para o “café da manhã”, outra para o “almoço” e a última para o “jantar”.
            Logo, começando por Veridiana Freitas. A que melhor se adequou ao conceito do ensaio. Ao interpretar os trejeitos da menina que, por falta de malícia, não vê problema em saracotear pelada pela praia. Sendo que, a despeito da dramaticidade, ela também destoa das demais no que se refere à cabeleira; que, ao contrário das duas morenas, se aparece com uma crina loira. Mas se equipara nos seios – que são esculturas em silicone – e na depilação “brasileirinha” – que, no seu caso, revela uma “ingênua genitália”.
            Consequentemente, Fernanda Lacerda conseguiu ser a mais desinibida das três. Ao declarar que, “certa vez, invadiu a cabine de um guarda-vidas para trepar com o namorado”. E, também, por carregar no olhar a austeridade da fêmea que não se acanha na hora de saciar as carências da pele. Uma pele que, por conta da parcimônia de imagens, não foi devidamente explorada.
            Por fim, ao término da “escala alimentícia”, está Aricia Silva. Que, por onde quer que ande, anda sempre no cio. Já que a largura do seu quadril revela sua vocação para “mulher parideira”.



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